Cada Vez Pior

Entra ano,sai ano e o problema da falta de segurança nas cidades brasileiras,principalmente nas metrópoles,continua a espera de uma solução.Osgovernos,semdistinção,só oferecem paliativos,que não atingem a questão essencial do aumento da criminalidade, que perturba a vida normal de quem deseja viver e trabalhar em paz.

E todas as soluções imaginadas pelos cidadãos desprotegidos se revelam frágeis para conter o avanço dos criminosos.É o caso dos condomínios residenciais no qual vão morar pessoas com maior poder aquisitivo. Apesar da aparente segurança, os moradores de condomínios também sofrem vez por outra ataques inesperados.Com amplo receituário de truques e espertezas,os criminosos conseguem neutralizar câmeras de vigilância,dominar guardas e assaltar residenciais,apontando sua armas para os moradores,sem poupar nem mesmo as crianças.Andando no litoral gaúcho,na passagem do ano,principalmente em Xangrilá, referência do litoral na construção de condomínios,ouvi histórias que me surpreenderam.

A verdade é que os brasileiros foram entregues a própria sorte,embora haja de parte dos policiais militares e civis disposição e coragem para enfrentar os criminosos.Mas essa disposição não tem contrapartida em maior apoio dos governos,que só concedem o essencial em equipamentos e salários.Então,chegará o dia em que os brasileiros terão medo de sair de casa para irem ao trabalho e a escola,como já fazem em relação aos bancos,onde chegam olhando para todos os lados.Duvido, porém,que a questão da segurança ocupe tempo expressivo nos debates dos candidatos nas próximas eleições presidenciais.Devem achar que há temas mais urgentes para serem tratados.

Nas festas de Natal e Ano Novo houve vários casos em que presos liberados para rever seus familiares, com autorização legal,se envolveram em atos criminosos.Saíram da cadeia para praticar seu esporte favorito,roubo ou furto, e não com o desejo de abraçar seus familiares.O problema exige enorme espaço para sua discussão e possível solução.Mas o que se vê,naprática,é a existência de casas prisionais sem as mínimas condições de abrigar os presos com respeito pela sua condição humana.São prisões infectas,superlotadas,que não recuperam ninguém,à semelhança dos espaços destinados aos menores infratores.

O Presídio Central,em Porto Alegre, carrega a triste fama de ser o pior estabelecimento carcerário do Estado.O seu estágio de degradação é tão lamentável que já chamou a atenção até mesmo da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, ligada a Organização dos Estados Americanos.A organização já fixou uma data para que se coloque um ponto final nos problemas mais graves do presídio, como superlotação e péssimas condições de higiene,para salvaguardar a integridade física e psicológica dos presos.A recomendação é ótima,não resta duvida.Mas vou ficar sentado,para não cansar,até que se faça algo objetivo visando a solução definitiva dos graves problemas da maior cadeia gaucha.

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