Maconha e Turismo

Quem quiser elogie,quem quiser aplauda.Cada um é responsável pelas suas predileções.De minha parte,com a franqueza que me caracteriza,não elogio nem aplaudo a´provação pelo Senado do Uruguai da legislação que faz do país o primeiro no mundo a legalizar a produção e comércio da maconha.estou cem por cento ao lado da Organização das Nações Unidas que,através da Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes,criticou a lei aprovada pelo Senado uruguaio,que viola tratados internacionais assinados pelo país.Ao menos esse é o entendimento do presidente do organismo,RaymondYans, que bateu forte na nova lei celebrada pelos uruguaios usuários de maconha.”Em vez de proteger os jovens-disse Yans-essa legislação terá o efeito perverso de estimular a experiencia da droga mais cedo.” A nova legislação uruguaia ,segundo Raymond Yans, não cumpre a Convenção Única de Narcóticos, de 1961,assinada pelo governo uruguaio na época. Pelo documento,o Estados signatários se comprometeram limitar o uso da maconha para fins médicos e científicos.
A nova lei,que tornou legal o consumo da erva para fins recreativos no Uruguai,entrará em vigor num prazo de 120 dias e já provocou o aumento de consultas por parte de usuários estrangeiros que desejam tirar visto ou residir no Uruguai.As farmácias do país, cujas vendas de maconha serão controladas por um órgão estatal,terão como clientes centenas de estrangeiros,incluindobrasileiros.Eles ajudarão a aumentar o vício da erva,que provoca dependência e altera o comportamento das pessoas.O Uruguai já está autorizado,portanto, a criar o Ministério do Turismo e da Maconha,algo que certamente não receberia a aprovação dos grandes vultos da nação,como José Artigas e Rodó. .Vem aí uma tempestade de problemas para a Policia Federal enfrentar.
Mas o ministro da Justiça,José Eduardo Cardoso,não parece tão preocupado com o assunto,porque foi evasivo nas suas declarações sobre a nova lei da maconha no Uruguai,que enriquecerá ainda mais os produtores da erva no Paraguai e aumentará as preocupações dos policiais federais brasileiros.Disse que cada país deverá seguir o caminho que achar justo.Nem o ministro da Saúde, Alexandre Padilha,,lembrando,corretamente,que a lei brasileira não criminaliza o usuário de maconha.A sua preocupação maior é com a montagem de uma rede de cuidados à saúde de vitimas do uso abusivo de drogas.É realmente muito nobre a preocupação do senhor ministro.Os usuários de drogas são conscientes dos caminhos que escolhem. Não consultam ninguém, nem levam em conta os perigos da sua opção.E mais tarde,quando estão à beira da morte,arrastando-se pelas calçadas e praças,comozumbis,querem que o Estado brasileiro,usando recursos dos nossos impostos,gaste,inutilmente, um dinheirão com eles.Vivemos em sociedades cada vez mais inconsequentes e insensatas.

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