A Sala Lilás e a violência contra a mulher

O Pacto Nacional pelo Enfrentamento à violência contra a mulher articula a rede assistencial que visa coibir a violência doméstica e familiar, promove uma mudança social através do respeito às diversidades de gênero e a valorização da paz, a garantia dos direitos das mulheres em situação de violência.
Este conceito diz respeito à implementação de politicas amplas e articuladas, que procuram dar conta da complexidade da violência contra as mulheres. O enfrentamento requer ação conjunta dos diversos setores envolvidos com a questão (saúde, segurança pública, justiça, educação, assistência social) no sentido de propor ações que desconstruam as desigualdades e combatam as discriminações de gênero e a violência contra as mulheres. A Sala Lilás em Santana do Livramento garante um atendimento qualificado e humanizado às vítimas dentro do IGP, órgão da SSP/RS.
No Brasil, a cada cinco minutos, uma mulher é agredida dentro de casa, e estamos falando de dor, de sofrimento. Neste sentido, como cidadã santanense, como mulher, como profissional da área social, sinto-me orgulhosa por ter a oportunidade de trabalhar em uma realidade tão absurda. E, bem lembramos, nossa cidade fechou o mês do Outubro Rosa – mês mundial de conscientização do câncer de mama – com a inauguração oficial da Sala Lilás.
A nossa política pública, iniciativa de um governo comprometido com o crescimento humano e de valores humanitários tem a Sala Lilás, a Patrulha Maria da Penha, a Escuta Lilás, tudo isso fazendo parte da Rede Lilás, reconhecida nacional e internacionalmente.
Nós santanenses agradecemos.
Estamos em evolução, escrevendo nossa história.
Não podemos dar margem à banalização de atitudes que valorizam a dor e o sofrimento de pessoas.
Nosso órgão, o IGP, tem essa coragem em romper barreiras.
A fala da mulher na Sala Lilás é a emanação da dor e, através da escuta por uma profissional capacitada, damos nossa contribuição e nosso Estado está ouvindo os gritos de quem está sofrendo.
É fundamental entendermos que a violência doméstica contra as mulheres é uma situação cotidiana e que é necessário punir e tratar quem praticar a violência, e que é indispensável apoiar e acolher as mulheres que vivem esse tipo de situação, para que se descubram capazes de superação.
Nossa identidade como mulher tem que ser mudada, e toda mudança começa pela informação e pela conscientização. Mudanças de crenças, de educação familiar pautada no cuidado, no respeito, valorizando as diferenças e individualidades de cada ser.

Eleonora Machado Gonçalves, assistente social

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