Câmara aprova voto de repúdio a atitude de secretário municipal

Adjunto da Secretaria de Fazenda foi nominado na indicação, aprovada com apenas dois votos contrários, ontem, pelo plenário do Legislativo santanense

Dos 15 vereadores presentes, inclusive os da situação, somente dois levantaram-se, contrários à aprovação do voto de repúdio

A Câmara de Vereadores aprovou, na sessão ordinária de ontem, por maioria, um voto de repúdio ao secretário adjunto da Fazenda, Luis Alberto Bidart, encaminhado do vereador Danúbio Barcellos (PP).

Segundo indicou o legislador, a proposição se dá pelo mau atendimento dispensado à contribuinte Naira Maria Dutra Martins Bênia, que solicitou ao secretário informações sobre o que seria a correção no valor do IPTU.

Na proposição, Barcellos justifica o repúdio pelo que considera “falta de educação e da forma grosseira com que o secretário adjunto da Secretaria Municipal da Fazenda se dirigiu à contribuinte, que somente pediu uma informação sobre a correção feita no valor de IPTU de seus terrenos. O mesmo chegou a insinuar que a contribuinte deveria se informar e estudar mais a respeito do assunto, pois correção não é sinônimo de juros. A contribuinte ficou constrangida com a forma como foi tratada, ainda mais que o fato ocorreu na presença do marido dela”. Diz, ainda, Barcellos, que Naira Bênia, ao procurar um superior, no caso o secretário da Fazenda Paulo Lago, para reclamar da forma como foi tratrada, recebeu como alternativa entrar com uma reclamação formal, mas para isso deveria pagar uma taxa de R$ 11,00.

Barcellos disse que telefonou para ambos os secretários. “Conversei, ontem, com o secretário Lago e também com o Bidart, por telefone. Fui ouvir o outro lado. Bidart não aceitou a crítica com a veemência que a Naira comentou, mas o secretário Lago disse que estava na ocasião e confirmou que houve uma certa veemência. Chegou a falar em exagero e disse que depois conversou com Bidart tentando acalmar a situação.

Na verdade, tinha pensado em não entrar com o voto de repúdio, mas vou dar continuidade. Mas a cidadã me procurou com várias vezes e conversando com outras pessoas me disseram que o secretário adjunto é um pouco nervoso e áspero para tratar com as pessoas” – referiu.

O vereador Germano Camacho (PTB), de início, disse não ter conhecimento sobre a matéria e afirmou que se absteria da votação. Hanney Cavalheiro (PMDB) disse estar preocupado, afirmando que seu colega Barcellos havia feito a correspondência para a Câmara e “depois havia ido conversar com a pessoa que teria ofendido a cidadã. Eu solicito a ele que primeiro, na próxima vez, ouça as partes e depois faça, pois se convencesse, iria retirar”. Camacho fez uma declaração de voto, afirmando que diante da colocação de Hanney Cavalheiro, votaria contra o repúdio ao secretário adjunto.

Apenas dois legisladores foram contrários à proposta: o próprio Camacho e o petista Aquiles Pires.

Votaram a favor do voto de repúdio narrado no episódio os vereadores Carine Frassoni (PMDB), Hanney Cavalheiro (PMDB), Carlos Nilo Pintos (PP), Ivan Garcia (PSB), Hélio Bênia (PSB), Jansen Nogueira (PT), Itacir Soares (PT), Tatiane Marfetan (PTB), Maria Helena Duarte (PDT), Lídio Mendes (PTB), Maurício Galo Del Fabro (PSDB), além do proponente. O presidente da Câmara, Dagberto Reis, não vota (condição que exerce somente em caso de empate). Os vereadores Gilbert Xepa Gisler (PDT) e Jason Flores (PMDB) não participaram da sessão ordinária pois estão viajando.

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