Meio Ambiente, infraestrutura e educação na pauta do encontro

Horácio D’Ávila integrou o GT sobre meio ambiente

Outras questões debatidas no encontro binacional, que começou ontem, em Montevidéu, são a proposta de transformar o aeroporto de Rivera em aeroporto binacional – apresentada pelo intendente Marne Osório e assinada também pelo prefeito Glauber Lima e pelo presidente da Câmara de Vereadores, Dagberto Reis -, a implantação de uma política específica de fronteira para a proteção de mananciais, lençóis freáticos e especialmente do Aquífero Guarani, além da questão do tratamento de resíduos sólidos, e, por fim, a necessidade de investimentos mais significativos no Parque Internacional, como principal símbolo de integração na fronteira Brasil-Uruguai, assim como a Ponte da Amizade e a Ponte da Concórdia podem ser citados em outras fronteiras.

Intendente de Rivera, Marne Osório, e Glauber Lima

Na área da educação, o prefeito Glauber Lima afirmou, na abertura dos trabalhos, que a Fronteira da Paz deu exemplo para o mundo com a implantação de cursos binacionais, na UTU e no IFSul, que garantem 50% de vagas para brasileiros e 50% para uruguaios. “Acredito que avançamos significativamente na área da educação. Agora, vamos trabalhar para que estas demandas apresentadas tornem-se realidade”, afirmou. Com relação ao Aeroporto Gal. Gestido transformar-se em binacional, o intentende Marne Osório apresentou documento formalizando a proposta. A secretária do Codesul, Emilia Fernandes, fez a defesa da proposta formalizada pelo Intendente e conseguiu aprovação do grupo de trabalho para que a demanda seja lida para todos os integrantes da IX Reunião de Alto Nível, durante a cerimônia de encerramento oficial, visando, com isso, dar o “start” para o debate sobre o tema.

Na área ambiental, o diretor geral do Departamento de Água e Esgotos-DAE, Horácio D`Ávila, participa do GT que discute esses temas e destaca a atenção que o grupo dá para a questão do saneamento. Ele apresentou demanda relacionada à questão do tratamento, sugerindo a adequação dos textos de acordos binacionais que impedem investimentos para a implantação de usinas binacionais. “Não se trata simplesmente do destino do lixo, da questão do PET ou aspectos econômicos, mas sim dos riscos de contaminação de uma das maiores riquezas da região, que é nosso Aquífero Guarani. É preciso começar a pensar e se movimentar em relação a isso”, defendeu.

Ele também propôs a discussão de questões relacionadas à necessidade de tratamento de resíduos sólidos na zona rural, que muitas vezes gera poluição e risco de contaminação das águas tanto quanto a zona urbana. Os temas propostos deverão integrar o documento final da IX Reunião de Alto Nível.

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