Fim da greve dos bancários foi marcada por fila e espera ontem

Os dias de paralisação serão compensados até 15 de dezembro, com limite de 1h por dia

Movimento de pessoas permaneceu por todo o dia nas agências

A manhã de ontem, 14, no município, foi marcada por filas enormes em frente aos bancos, desde as 8h, antes mesmo da abertura da agências. Com o fim da greve dos bancários, que já se arrastava por 22 dias, a população se organizou em filas, e durante todo o dia, foi possível observar o grande movimento de pessoas, tanto do lado de fora, quanto do lado de dentro das agências bancárias. O objetivo dos clientes era apenas um: resolver as pendências bancárias que se acumularam durante o período de paralisação da categoria. Todas as agências voltaram a funcionar nesta segunda-feira – a exceção é apenas para o BARINSUL, que permanece em greve.

Paulo Ricardo aguardou com muita paciência pelo atendimento no banco

Na fila com dezenas de pessoas à espera de uma senha para entrar no banco, Paulo Ricardo desabafou: “Estava com o dinheiro preso há dias, e com o retorno do banco ainda temos que enfrentar essa quantidade de gente na fila. A greve prejudicou bastante a vida das pessoas, ainda bem que terminou”, avaliou. Na sequência, a circense Maria Lucineide relatou que ficou dois meses sem receber o Bolsa Família, pois essa greve se somou à dos Correios, que não tiveram como entregar o seu cartão auxílio. “A greve pode ser uma forma de reivindicação, mas prejudica muito a vida das pessoas”, relatou.

A greve dos bancários durou 22 dias, sendo a maior paralisação da categoria desde o ano de 2004. Em pauta, as reinvindicações foram desde o reajuste salarial e melhorias nas condições de trabalho, até contratação de mais funcionários para atendimento ao público e para a realização de serviços internos, melhoria na Participação de Lucros e Resultados (PLR) e o fim do Assédio Moral.

Maria Lucineide: dois meses sem receber o Bolsa Família devido às greves dos Correios e dos bancos

De acordo com Jorge Pedra, presidente do Sindicato, após mais de 16 horas de tensas negociações, a Fenaban apresentou ao Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, na última sexta-feira, 11, uma nova proposta, elevando para 8,0% (aumento real de 1,82%) o índice de reajuste sobre os salários e as verbas, para 8,5% sobre o piso salarial (ganho real de 2,29%), e 10% sobre o valor fixo da regra básica e sobre o teto da parcela adicional da PLR (Participação nos Lucros e Resultados). A proposta também eleva de 2% para 2,2% o lucro líquido a ser distribuído linearmente na parcela adicional da PLR.

Já no cenário estadual, as agências do BARINSUL continuam em greve, mesmo após a realização da assembleia ocorrida ontem pela manhã, quando os bancários não consideraram satisfatória a proposta apresentada à categoria. Os bancários entendem que a instituição pode melhorar sua proposta nas questões específicas, e com isso permanece a greve na agência.

 

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