Direção e funcionários da Assandef lembram Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência

Data foi lembrada como dia de batalha na busca pela inclusão social

Poucos prédios na cidade foram adaptados para cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida

No Dia Nacional das Pessoas com Deficiência, comemorado ontem, a diretoria da Assandef – Associação Santanense dos Deficientes Físicos – através de sua 2ª Secretaria Loiva Morel concedeu entrevista relatando as principais lutas enfrentadas na busca da adaptação universal de prédios públicos e particulares, bem como de novas construções. “Nesta data, também dia da árvore, símbolo de vida, de esperança, queremos defender, e porque não dizer lutar, pela inclusão do Desenho Universal em todos os projetos governamentais e particulares em nossa cidade. Gostaríamos que os governantes na hora de legislar pensassem nas políticas públicas de garantias e direitos, e se preocupassem em criar meios para o efetivo exercício dos direitos já assegurados. Que se colocassem por instantes no lugar das pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida. Seria mais fácil exercer o direito de ir e vir, se a acessibilidade fosse assegurada a todas as pessoas. Este direito, que todas as pessoas aspiram exercer, só se concretizará quando todos os bens e serviços colocados à disposição da população forem executados a partir do Desenho Universal”.

Mas o que é o desenho universal? 

“Desenho Universal é o espaço sem adaptação, onde todas as pessoas podem circular livremente, com autonomia e segurança. Deveria estar presente, acessível, incluindo, sem ressaltar as deficiências ou as diferenças, pois podemos dizer que ele é para todos sem diferenciação e democrático. Acreditamos que quando o Desenho Universal se tornar uma prática, como determina a Lei, em todos os projetos realizados em nosso município, teremos uma Livramento sem Barreiras”.

Falta de acessibilidade

“Os bens só têm valor na medida de sua utilidade, assegurando direitos, afirmando cidadania. Sendo assim, de que valem lindos prédios, públicos ou privados, praças, parques, transportes e meios de comunicação sem que sejam totalmente úteis ao fim a que foram propostos, ou seja, uso para todos, pois muitos deles, para não dizer a maioria, não têm acessibilidade aos serviços ou informações às pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida”.

Regulamentação

Recentemente foi realizada atividade voltada aos deficientes na cidade

“As leis foram feitas para assegurar direitos, regulamentar a convivência entre os cidadãos, devem ser cumpridas e respeitadas, mas na prática não é o que acontece. Como exemplo, citamos o Decreto nº 5296 de 2004, que regulamenta a Lei de Acessibilidade. Este, em particular ao não ser cumprido, não permite que uma parcela muito significativa da população tenha uma vida social ativa, que possa assumir qualquer função, ou simplesmente viver a vida, como qualquer cidadão. Tão logo o Desenho Universal seja incorporado por todos os engenheiros e arquitetos em seus futuros projetos, tornando- -se uma prática como determina a lei, contaremos efetivamente com menos barreiras, que estão impedindo a inclusão social das pessoas com deficiência. O Desenho Universal não trata de privilégios, e sim de igualdade de direitos que permite a todos o exercício da cidadania. Ouvimos recentemente em uma palestra, com o qual concordamos plenamente, que ‘tudo tem que ser para todos, pois o que não tem possibilidade de ser adaptado, não tem, portanto, possibilidade de ser usado.’ Quando todos pensarem desta mesma forma, e agirem para a efetivação desta máxima, teremos então uma sociedade mais inclusiva”, enfatizou Loiva Morel.

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