Defesa do diretor denunciado no inquérito da Santa Casa rebate informações da PF

“Importante lembrar que o meu cliente sempre foi subordinado à mesa administrativa”, disse Vitor Hugo Argiles

Defesa do diretor denunciado no inquérito da Santa Casa rebate informações da PF

O advogado Vitor Hugo Cunha Argiles participou, na tarde de sexta-feira, 23, do programa Conversa de Fim de Tarde, da rádio RCC FM, rebatendo as declarações feitas pelo delegado Alessandro Lopes, a respeito da conclusão do Inquérito Policial da Santa Casa, que apurou suposto desvios de verba federal, nos anos de 2007/2008, tendo como denunciado o diretor-geral daquela época.

Argiles, justamente por representar o principal acusado, destacou que o diretor-geral exerceu o cargo no período de maio de 2007 até outubro de 2008. “Importante lembrar que o meu cliente sempre foi subordinado à mesa administrativa. Quem assinava os documentos financeiros, saques e cheques, era a provedora, o vice-provedor e ainda a tesoureira”, destacou.

Ao ser indagado sobre o porquê de o seu cliente não ter se manifestado durante o período em que estavam ocorrendo as acusações, o advogado destacou que foi por uma orientação dele. “Entendo que questões processuais têm de ser resolvidas no processo e questões inquisitórias no inquérito policial, isso na ótica da defesa. Haveria o momento certo para esta manifestação, através do seu representante, no caso, eu”, declarou.

Vitor Hugo Cunha Argiles disse, ainda: “O que foi apurado até agora foi na ótica policial. É uma investigação, como o delegado disse, complexa. Só que neste momento em que foi feita a acusação, é que irá se estabelecer o contraditório. Efetivamente, no caso do meu cliente, a defesa dele irá começar agora, quando vai ser possível exercer legalmente a mais ampla defesa possível. Tenho certeza de que muitas questões serão esclarecidas e outras terão que ser investigadas para seus devidos esclarecimentos. Deixo uma questão bem prática para a comunidade: a Santa Casa tinha, na época, uma provedora que é Policial Civil e um vice-provedor que era bancário. O que quero dizer com isso é que a mesa administrativa era ocupada por pessoas com intelectualidade boa, representantes da comunidade. Transformou-se apenas o diretor-geral na pessoa que arquitetou, manobrou e desviou, pelo que consta no inquérito. Então, é uma questão interessante de ser levantada para a autoridade policial, pois a mesa administrativa era ocupada por pessoas esclarecidas, e estas pessoas foram indicadas apenas por peculato culposo, o que é discutível. Pergunto: como estas pessoas foram enganadas pelo meu cliente, por mais de um ano? Quem tinha a chave do cofre? Quem assinava os cheques? Quem fazia os pagamentos? Sem falar nas notas fiscais das compras em Rivera. Afinal, eles também não tinham conhecimento de que comprar ar-condicionado em Rivera, acima da cota, é crime? Então são estas questões que quero levar ao conhecimento público. Tenho várias testemunhas que não foram ouvidas, e que agora serão na Justiça”, complementou o advogado.

Argiles ainda informou, durante o programa, que o acusado continua até hoje morando na cidade, no mesmo endereço. “Refuto a acusação que existe contra meu cliente, entendo que ele será absolvido por falta de provas que possam incriminá-lo, e fico à disposição de todos para qualquer esclarecimento”, finalizou.

 

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