Sem D’Alessandro, Inter deixa a liderança escapar

O até então lanterna do Brasileirão venceu o Colorado por 3 x 0, no Recife, e tirou o clube gaúcho da liderança do campeonato, mesmo com um jogo a mais

Náutico marcou três gols no segundo tempo em um Inter lento e sem nenhuma criatividade com Alan Patrick no meio campo

A síndrome da “D’alessandro dependência” voltou a afetar o Internacional. Ontem, no Recife, o meia argentino ficou de fora por suspensão e viu seu time encerrar a série de jogos fora de casa com uma vexatória derrota por 3 x 0 do até então lanterna, Náutico.

No jogo do então líder contra o pior time do Brasileirão não aconteceu aquilo que se imaginava como lógico. O Náutico deu de ombros para os prognósticos e venceu o Internacional, na Arena Pernambuco. A vitória foi construída no segundo tempo, com gols de Derley, Maikon Leite e Rogério. E assim encerra uma série de quatro derrotas consecutivas do time de Recife, que também deixa de ser o lanterna do campeonato.

Já o Inter perde a liderança do Campeonato Brasileiro e também a invencibilidade como visitante. O time dirigido por Dunga não tinha sido derrotado desde a volta do recesso para a Copa das Confederações.

O Náutico entrou em campo fechado, deixando claro o seu primeiro objetivo: não sofrer diante do melhor ataque do Brasileirão. Mas a ausência de Leandro Damião, preservado em virtude de dores musculares, tirou boa parte da força ofensiva do Colorado.

A equipe dirigida por Dunga demorou quase 15 minutos para dar o primeiro chute a gol. Um reflexo do zelo defensivo dos pernambucanos, mas também da pouca criatividade dos gaúchos. Alan Patrick, substituto do suspenso D’Alessandro, parecia tímido e criou pouco. Apenas um lance de gol começou em seus pés.

Aos 32 minutos, Alan Patrick fez um lançamento rasteiro e a defesa do Náutico teve um raro descuido. Rafael Moura tentou chegar na bola e não conseguiu. Forlán alcançou, driblou Ricardo Berna e engatilhou o chute. Mas o zagueiro Willian Alves se jogou no campo e barrou a conclusão. No Náutico, o técnico Zé Teodoro viu muito pouco dos estreantes Tiago Real e Ángelo Peña. Já Maikon Leite correu e tentou acossar a defesa vermelha. Em sua melhor arrancada, Ronaldo Alves conseguiu recuperação e bloqueou o chute. Na segunda etapa, o Náutico se soltou um pouco mais. Tanto que Tiago Real chutou rasteiro, cruzado, e levou perigo ao gol de Muriel logo aos 6 minutos. A resposta do Inter foi desperdiçada por Rafael Moura. O centroavante ficou com o rebote dentro da área, mas demorou muito e foi desarmado na hora do chute. O time de Recife ainda chegou forte após escanteio, quando Ednei salvou quase em cima da linha. E depois em uma trapalhada do lado direito do Colorado, que deixou Maikon Leite cara a cara com Muriel. Dunga, então, resolveu mexer para fazer o Inter acordar. Botou Dátolo e Caio nas vagas de Alan Patrick e Rafael Moura. Zé Teodoro respondeu tirando Oliveira – que nada fez no jogo, e botando Rogério. As trocas deixaram ambos os times mais ofensivos, arriscando mais. E ironicamente, no melhor momento do Inter no ataque, o Náutico foi quem marcou. Derley, revelado pelas categorias de base do Colorado, recebeu dentro da área e chutou forte. Sem chance para Muriel. Atrás do placar, o Internacional se lançou todo para o ataque e deu espaços. Maikon Leite, aos 44, recebeu passe de Rogério e fez o segundo gol. Antes do apito final, a defesa do time gaúcho vacilou o Rogério ampliou para 3 a 0.

 

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