Polícia Civil esclarece crime ocorrido no início de julho, na vila Argiles
Equipe de Investigações identificou duas adolescentes como as autoras do homicídio de Bráulio Lanes Soares
O crime ocorreu em 5 de julho, o corpo foi encontrado no dia 8, e o homicídio foi solucionado cerca de duas semanas depois.
Este é o cronograma do trabalho realizado pela Equipe de Investigações da 1ª Delegacia de Polícia Civil, comandada pela delegada Marlova Michele Guedes.
Conforme informações divulgadas ontem (24), o empresário Bráulio Lanes Soares, cujo corpo foi encontrado dentro de sua casa, na rua Bernardino Leal, 142, na vila Argiles, foi morto depois de ter se envolvido em uma briga com duas jovens conhecidas suas.
As evidências e o trabalho investigativo levaram a identificar as adolescentes, de 16 e 17 anos, ambas moradoras do Núcleo Habitacional Simon Bolívar.
Após os policiais chegarem aos nomes das principais suspeitas, as mesmas compareceram na Delegacia de Polícia. Em seus depoimentos, elas admitiram o crime, e contaram suas versões do que teria ocorrido na noite do crime.
Conforme as adolescentes, elas costumavam frequentar a residência do empresário, na vila Argiles. Na sexta-feira (5), com o ânimo mais exaltado do que o de costume, o empresário acabou descontentando as adolescentes, que chegaram a ir embora. Conforme elas, Bráulio teria saído em sua motocicleta, atrás das garotas, e as convenceu a voltar para sua casa.
Novamente na residência do empresário, os fatos foram além do esperado e os três acabaram entrando em luta corporal. As acusadas revelaram que o empresário, de posse de uma faca, teria ameaçado uma delas, no intuito de manter relações sexuais. Então, para se defenderem do agressor, as adolescentes desferiram várias garrafadas na vítima. Durante a briga, uma das adolescentes conseguiu tomar a faca que o empresário possuía, atingindo-o na região do pescoço. Mas o golpe fatal ocorreu mesmo depois de ter sido atingido quase simultaneamente, ainda no pescoço, com um caco de vidro.
Assustadas com o resultado da briga, as adolescentes resolveram, então, pegar o maior número possível de objetos da casa e fugiram. Elas pretendiam vender os pertences da vítima para conseguir dinheiro e sair da cidade.
Durante a fuga, as garotas desistiram do intuito e afirmaram ter jogado os objetos no Arroio Carolina, na Avenida Dom Pedro II.