Atrás dos cabelos dos sonhos

Mulheres investem em cabelos mais práticos devido à correria do dia a dia

Sandra Regina Saravia, 56 anos, cabeleireira e presidente da Associação de Barbeiros, Cabeleireiros e Similares de Sant’Ana do Livramento, tingindo o cabelo de Tania Fernandes de Oliveira, 64 anos

Basta observar nas ruas, para ver que os cabelos das brasileiras, gaúchas, santanenses estão mais bonitos. A vaidade, a importância que elas dão aos cabelos como símbolo de beleza e a tecnologia disponível nos salões contribuem para moldar as madeixas mais rebeldes e elevar a autoestima de qualquer mulher. Isso é o que relataram os profissionais procurados pela reportagem do jornal A Plateia.

Paola Mazzarino, cabeleireira e proprietária de salão de beleza, disse não ser a favor das escovas progressivas, usando técnicas menos agressivas aos cabelos

As mulheres gastam por mês, em média, R$ 100,00 com beleza e estética, de acordo com depoimentos de cabeleireiros de Sant’Ana do Livramento. Segundo Sandra Regina Saravia, 56 anos, cabeleireira e presidente da Associação de Barbeiros, Cabeleireiros e Similares de Sant’Ana do Livramento, a decisão de buscar, nos salões, o cabelo dos sonhos, tem ficado cada vez mais fácil. As mulheres têm procurado frequentemente os alisamentos visando cabelos mais práticos, que elevem sua autoestima. “No município, existem em média uns mil salões, e todos têm seus clientes”, destacou Sandra, ressaltando que o profissional tem que estar sempre se aprimorando, se reciclando, quanto a cursos e técnicas, que estão sempre se inovando. “Se o profissional não corre atrás das novas técnicas, acaba perdendo o cliente, que hoje em dia não se preocupa tanto com o preço, mas sim com a qualidade dos serviços”, enfatizou ela. Sandra destacou, também, que o profissional tem que ter o dom para trabalhar na profissão. Ela acredita que a falta de opção de emprego para alguns faz com que acabem se aprimorando na área. “Hoje em dia, não é o preço que faz a concorrência, mas sim as técnicas usadas por cada profissional, e só o que ama o que faz, aquele profissional com o dom, é que vai estar, sempre, se qualificando”.

Paola Mazzarino, cabeleireira, relatou que a proibição do formol foi o primeiro passo para que os fabricantes intensificassem as pesquisas para encontrar substâncias cada vez menos agressivas, inclusive mais suaves do que os alisantes substitutos do formol. Paola é uma das poucas cabeleireiras contra o uso de formol em qualquer tratamento usado nos cabelos. Ela, que não trabalha com progressivas, defende outras técnicas de alisamento, que não agridem o cabelo e hidratam profundamente os fios. “Aqui em Livramento, as mulheres se cuidam muito, se preocupam com o visual, com aparência, claro que um pouco mais nos dias atuais. Elas cuidam dos cabelos, mãos, pés, a pele, estética em geral”, assegurou a cabeleireira.

Qualificação faz parte da rotina dos salões de beleza

Carol Saker, 36 anos, cabeleireira e proprietária de salão

De acordo com Carol Saker, 36 anos, o cabeleireiro é o profissional que cuida da beleza e vitalidade dos cabelos de seus clientes, sejam eles homens ou mulheres, por meio de escovas, aplicação de cremes, químicas, tinturas (caso se deseje mudar a coloração) e da tesoura, para mantê-los sempre no tamanho e estética ideal, buscando o melhor resultado. Para tornar-se um bom cabeleireiro, é necessário ter bastante interesse por estética e estar sempre ligado às novas tendências de cortes, tinturas e cremes, para compreender o gosto do cliente e sugerir novas ideias. As características desejáveis para ser um bom profissional são: bom senso estético, habilidade para lidar com objetos pontiagudos, boa visão, capacidade de concentração, ser detalhista, buscar sempre a perfeição, boa capacidade de comunicação – para interagir com o cliente e saber o que ele realmente deseja -, e manter-se sempre atualizado nas novas tendências.

“Se ver bonita e se sentir bonita são motivações para investir na beleza, e para a maioria das mulheres, o cabelo é um dos principais símbolos dessa condição. As mulheres usam o próprio cabelo como uma forma de expressão feminina. As mudanças nos fios ajudam a contar uma história de vida. Quem nunca quis dar uma mudança na vida e começou isso com um corte novo, uma nova tonalidade? Toda mulher já acompanhou uma nova fase de sua vida com uma transformação nos cabelos”, destacou Carol. A cabeleireira falou que uma mulher gasta, para fazer corte, tintura e progressiva, R$ 200,00, em média. Ela ressaltou que os salões apresentam preços variados, mas que as mulheres não pensam muito em valores quando a questão é ficar mais bonita, seja para elas ou para um namorado, marido, enfim.

Fernando Cunha, cabelereiro e proprietário de salão de beleza

O profissional Fernando Cunha, proprietário de salão de beleza, também ressaltou a procura contínua e frequente por alisamentos, principalmente pela praticidade. “As mulheres, hoje em dia, trabalham, estudam, cuidam dos filhos, do marido, então precisam dessa segurança, de estarem sempre prontas para sair de casa”, avaliou o cabeleireiro. Segundo ele, as mulheres procuram muito por tendências, de cores, querem estar sempre na moda, porém existem aquelas que preferem o tradicional, não gostam de mudanças radicais, mas mesmo assim vão ao cabeleireiro com frequência.

“As técnicas estão muito aprimoradas, antes demorava-se horas para sair do cabeleireiro, hoje em dia você demora pouco tempo, e já sai pronta para algum evento, festa, show. As técnicas já não agridem a pele, o cabelo, enfim, estão bem melhores e as mulheres estão mais confiantes”, analisou Tania Fernandes de Oliveira, 64 anos.

 

Paula Caetano, 25 anos, manicure

“Nós, manicures, somos procuradas semanalmente pelas mulheres. Elas se preocupam muito com a aparência das unhas, mãos, e hoje usamos luvas que hidratam a pele, amolecendo as cutículas. Assim, as clientes não precisam mais pôr pés e mãos na água, ficando mais confortável para elas. Procuramos sempre inovar com as técnicas disponíveis no mercado”, contou Paula Caetano, 25 anos, manicure.

 

 

 

 

Sonia Mabel Vieira Oliveira, 58 anos

“Hoje em dia, as mulheres têm que estar bem apresentadas, pela questão de que para ter um bom emprego, elas precisam estar com boa aparência. Atualmente, a aparência dos profissionais, para ingressar em uma empresa, é muito valorizada”, avaliou Sonia Mabel Vieira Oliveira, de 58 anos.

 

 

 

 

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