“Tem que objetivar e correr atrás”

Alunos do curso preparatório pré-Enem.

Professor e alunos falam a respeito do dia do vestibulando e a responsabilidade de escolher a profissão

Em 24 de maio, comemora-se o dia do vestibulando. As denominações “vestibulando” e “vestibular” estão de tal forma incorporados à nossa linguagem cotidiana, que, ao ouvi-las, pensamos imediatamente no aluno dos cursos preparatórios e nos exames de acesso às universidades.

De acordo com Francisco Simões Flório, diretor do Unificado de Sant’Ana do Livramento, ser vestibulando não é tarefa fácil, fazer uma prova, em um único dia, que testa seus conhecimentos em diversas disciplinas é algo que exige muitos tipos de habilidades dos candidatos. O vestibular não avalia apenas o conhecimento do indivíduo, avalia sua capacidade de reagir à pressão. Esse aspecto é agravado se pensarmos que toda a vida do estudante é decidida de uma única vez.

Ainda segundo o diretor, se não bastasse o fato de se preocupar com o vestibular em si, e em estar pronto para o mesmo, estudando de uma forma exaustiva, o jovem tem que conviver de forma paralela com uma das escolhas mais difíceis de sua vida: a profissão. Definir todo seu futuro profissional exige muita autoanálise. O pior é que, na maioria das vezes, essa decisão é feita na adolescência, uma fase de plena transformação. Não são poucos os relatos de pessoas que optaram por uma profissão e se arrependeram depois. Logicamente, elas podem realizar outro vestibular e começar tudo de novo, no entanto, o tempo perdido com uma decisão equivocada é inegável.

Darlan de Moraes, 18 anos, aluno do curso preparatório para o Enem

“Trabalho muito com meus alunos a forma de como eles devem escolher suas respectivas profissões. Não pode ser uma escolha feita de qualquer forma, tem que ser planejada, analisada, e para aquele aluno que traça um objetivo em sua vida, isso é fundamental. Faço sempre a pergunta – O que vocês querem ser daqui a dois anos? – eles visualizam seu futuro e respondem. Claro, que muitos não seguem a carreira que relatam esse dia, porém, dessa forma, eles começarão a pensar – Será que é realmente essa a profissão que quero seguir? – Tem que objetivar e correr atrás, como professor a gente passa a matéria em si, mas o estímulo, ânimo, perseverança, isso vem dos alunos. Vivemos em um mundo capitalista, porém não basta apenas ser bem sucedido financeiramente se não se gosta do que se faz, se não nos sentimos realizados com a profissão escolhida”, analisou André Peter, professor de geografia e história do Unificado.

Josiane Araújo Monroe, 18 anos, aluna do curso preparatório para o Enem

“Estou fazendo o cursinho preparatório para o Enem, minha pretensão é que a nota seja suficiente para ingressar no curso de odontologia. Já existem na família, profissionais na área, e me chama muito a atenção a profissão. Então, verei como será daqui em diante, a nota, o processo seletivo… Estou me esforçando bastante para que minha meta seja alcançada”, comentou Darlan de Moraes, 18 anos, aluno do curso preparatório para o Enem.

“Escolhi a área de medicina, pois acho uma área bastante ampla, sendo que eu posso exercer diversas funções dentro de uma mesma área”, finalizou Josiane Araújo Monroe, 18 anos, aluna do curso preparatório para o Enem.

 

 

 

André Peter, professor de geografia e história do Unificado

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