Final de semana com lojas e ruas tomadas por turistas

FRONTEIRA

Mesmo sem razões especiais como feriados prolongados ou mesmo os tradicionais “feriadões” que proporcionam mais tempo para viagens, por exemplo, o final de semana curto da fronteira Livramento-Rivera registrou a presença de um grande número de turistas de diversas cidades gaúchas e até de outros estados brasileiros. Durante a manhã deste sábado, principalmente, foi possível constatar o substancial movimento de pessoas nas ruas do centro e principalmente nas lojas free shops de Rivera.

A PRF não chegou a divulgar o número de veículos que entraram na cidade entre sexta-feira e sábado, mas é possível fazer uma estimativa a partir de um dado levantado por técnicos do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem-DAER do Rio Grande do Sul. Em uma barreira de fiscalização montada junto ao posto da PRF, no Km 05 da BR 158, os técnicos realizaram vistoria de rotina em ônibus de transporte turístico. Entre às 05 horas e às 10 horas de sábado, foram vistoriados 107 ônibus de turistas chegando a Livramento.

Acredita-se que outros veículos passaram fora desse horário e alguns certamente não chegaram a ser vistoriados, o que permite considerar ainda maior o número de ônibus de turismo somente na manhã de sábado. Significativa parte desses ônibus ficou estacionada ao longo da avenida Tamandaré, junto à calçada do Parque Internacional, e nas ruas adjacentes. Fora isso, o grande número de turistas que viajou para a fronteira de carro também contribuiu para tornar ainda mais difícil a circulação de veículos e mesmo a pé pelas ruas e calçadas da área central de Livramento e Rivera.

Não se tem sequer uma estimativa do número de turistas que visitou a fronteira no final de semana, mas é sabido que a média de ocupação nos hotéis e pousadas bateu na casa dos 90% entre sexta e sábado. “Está bem movimentado, mas tem sido normal isso. Pode-se dizer que a média de ocupação tem ficado acima dos 80% nos finais de semana normais, fora das datas especiais”, relatou na tarde deste sábado o recepcionista de um hotel no centro de Livramento.

 Passagem 

O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas-CDL e da Associação de Hoteis, Pousadas e Similares de Livramento, Mozart Hillal, lembra porém que muitos dos milhares de turistas que chegam à fronteira acabam não gastando tanto quanto poderiam no comércio de Livramento e Rivera. “Muitos sequer permanecem muito tempo aqui. Fazem um lanche, almoçam e depois seguem viagem, rumo a Montevidéu e aos balneários termais. Arapey tem atraído muita gente”, diz ele, que costuma conversar com os hóspedes e com turistas que circulam pelas ruas.

Para o empresário, o grande movimento de turistas aos finais de semana não tem se refletido nos índices de ocupação de hotéis e no faturamento do comércio. “Muitos desses ônibus são de turistas bate-volta, que chegam, compram e vão embora, sem ocupar vagas nos hotéis e nem consumir nas lojas daqui”, explica ele. Em seu entendimento, ainda, o movimento do final de semana foi o normal e a proximidade do Dia das Mães não chegou a interferir na motivação da vinda dos turistas à fronteira.

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