Detentos chefiavam quadrilha do tráfico de drogas na região
Os acusado cumprem pena na Penitenciária Estadual do Jacuí-Charqueadas e Presídio Regional de Bagé
Ao longo das investigações, foram presas nove pessoas e apreendidos 6,5 kg de cocaína
A Polícia Federal conseguiu concluir, na manhã de ontem (24), parte das investigações, iniciadas em 2012, da Operação Milano, que desarticulou um grupo que atuava no tráfico de drogas na região. A operação identificou que o grupo criminoso era chefiado por dois sujeitos que já cumprem pena na Penitenciária Estadual do Jacuí – Charqueadas e Presídio Regional de Bagé. Ao longo das investigações, foram presas nove pessoas, e apreendidos 6,5 kg de cocaína.
Nesta quarta-feira, um dos flagrantes ocorreu em Sant’Ana do Livramento, quando foi presa uma mulher, de 44 anos de idade, que além de participar do grupo, utilizava seus filhos menores de idade no tráfico de drogas. Para despistar a atuação da polícia, os integrantes do bando se valiam de crianças e adolescentes para o transporte das drogas.
Na manhã de ontem, foram cumpridos outros três mandados de prisão, oito conduções coercitivas e 15 mandados de busca.
Conforme a Polícia Federal, o grupo criminoso era responsável pelo derrame de cocaína em Rosário do Sul, Alegrete e, por consequência, em Livramento. Além de traficar drogas, a quadrilha estava envolvida em homicídios, roubos a estabelecimentos rurais e comerciais, em Dom Pedrito e Bagé, e lavagem de dinheiro.
Delegado Alessandro Lopes, chefe da DP Regional
A Plateia: Qual o tipo de drogas que esta quadrilha traficava?
Alessandro: Crack e cocaína, que são mais rentáveis para as quadrilhas e que causam maior dano social. Prova disso é que temos outros crimes violentos.
A Plateia: O grupo era chefiado por detentos?
Alessandro: Sim, os líderes do grupo criminoso eram detentos, dos presídios de Bagé e do Jacuí.
A Plateia: Tratava-se de um grupo violento?
Alessandro: A partir do presídio, um grupo perigoso, que já não tinha muito respeito ao meio social. Era um grupo que enfrentava, sem qualquer pudor, qualquer represália a eles.
A Plateia: Livramento faz parte dessa rota do tráfico?
Alessandro: Sim, de forma reflexa. Inclusive realizamos uma prisão em flagrante. Havia a possibilidade do envolvimento de um grupo suspeito local, o que acabou não se confirmando.
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