Oitiva de Luan Barcelos da Silva, ocorrida na tarde de ontem, na 1ª Delegacia de Polícia, em Livramento

Inquéritos Policiais de n° 237/2013, 238/2013 e 239/2013, disse que mora na cidade de Porto Alegre já há dois anos, sendo natural de Sant’Ana do Livramento, cidade onde residiu até os 19 anos. Depois que deu baixa do serviço obrigatório do exército foi para Porto Alegre. Lembra que na segunda feira, dia 5/03/2013, pegou o ônibus das 23h em direção a Livramento. Chegando aqui por volta das 5h do dia seguinte. Lembra que por telefone pediu para sua avó paterna lhe buscar na estação rodoviária, foi para casa dela e neste mesmo dia pela parte da manhã saiu de casa trajando terno e gravata. Pedindo uma carona para sua avó até a casa cultural para procurar um imóvel para um antigo cliente da corretora onde trabalhou como estagiário. Depois disso voltou com sua avó para casa.

Na tarde deste mesmo dia saiu à procura de um comprador para o seu notebook e sua câmera digital. Não encontrou. Nesta mesma tarde encontrou um antigo amigo seu, o qual consertava suas motocicletas e este lhe comentou que a mãe tinha feito uma “girica” na casa dele e encontrado algumas munições e que possivelmente iria achar um revolver dele, tendo então pedido ao declarante que guardasse tal arma por apenas um dia. Lembra que encontrou este amigo de nome Filipe o qual estava em uma motocicleta uruguaia, tipo biz, e trazia naquele momento a arma dentro do baú da moto. PR disse que era um revólver de numeração 105987. Pelo que lembra, tinha as placas de empunhadura meio fouxas. PR disse que Filipe é um rapaz de 14 anos, moreno, cabelos pretos e baixo, magro, da altura do declarante. Não sabe onde estuda ou mora. Que era um revólver calibre .22, marca Rossi, de sete tiros, pequeno, tipo arma de espoleta, puxa a vareta do tambor e este abre-se.

Voltou então com seus eletrodomésticos para casa e esta arma. Perguntado sobre quantas munições recebeu disse que duas caixas, uma grande com capacidade para cem cartuchos e uma caixa menor com capacidade de cinquenta, as duas caixas não estavam completas. Eram munições de marcas distintas, sendo que a caixa grande tinha um C como marca e a pequena era da marca FM. Voltou para casa e guardou tal arma e munições com sua mala. Retifica o que disse anteriormente sobre sua data de saída de Porto Alegre. Pois acredita neste momento que tenha chegado em Livramento na terça-feira, pois no mesmo dia que pegou a arma foi quando resolveu praticar os roubos. Perguntado disse que apesar de ter pedido o carro emprestado para sua avó dizendo que iria à casa do FETO, disse que não foi na casa dele em nenhum dos dias que esteve aqui. Foi na banca de camelô dele, localizada no Largo Hugolino Andrade. 

Primeira vítima 

No dia 28/03/2013, passado da meia-noite, lembra que já havia decidido conseguir dinheiro para pagar dividas de aluguel do seu apartamento em Porto Alegre, quando ligou do seu telefone celular n° 51-8596-9819 para o telefone da RADIO BASE n° 3244-2424, pedindo que lhe fosse mandado um táxi até as escadaria da Cohab, utilizando o nome de DIEGO como cliente. Foi até as escadarias que dão acesso da rua Prefeito Molinos à Francisco Reverbel de Araújo Goes, passados uns 15 minutos chegou um táxi, não lembra o prefixo, que era um Uno Mille onde determinou ao motorista que fosse até o bairro Planalto. Chegando neste bairro, na altura da praça que existe lá, determinou que fosse até o Residencial Veneza, próximo do Lago Batuva. Lembra que estava sentado no banco traseiro lado direito deste táxi e quando o motorista parou o declarante lhe desferiu dois disparos que acredita que, atingiram a cabeça dele. Depois disso saiu do carro. Abriu a porta do motorista e retirou o corpo deste homem de dentro do carro, não sabe o motivo dele estar com os dentes quebrados, pois não o agrediu. Lembra que este motorista tinha dinheiro dentro do porta-luvas, não contou e rumou para o centro de Livramento, conduzindo pelo seguinte trajeto para a cidade: desceu o Planalto. Subiu a Andradas, Rivadavia até o final dessa rua e pegando a Agraciada em território Uruguaio, terminando por infletir À direita na Rua Dom Pedro de Ceballos. Parou o Fiat Uno no início da quadra o abandonando ali. Caminhou em direção ao Cassino de Rivera em direção à 33 Orientales, descendo em direção ao Parque Internacional. Onde se dirigiu ao Punto Uno de Rivera ROU, esquina da 33 com Sarandi, ali havia um táxi, tendo perguntado ao motorista se ele se direcionava para o lado do Brasil, como a resposta foi negativa, fechou a porta e saiu à procura de outro táxi. 

Segunda vítima 

Sabe que existe um ponto de táxi em frente ao cinema Internacional, passou daquele ponto em direção ao Iglu (Via Park), neste primeiro momento havia ali dois táxis, quando voltou havia somente um. Disse que era um Gol/ branco, geração IV. O motorista era um homem gordo. Embarcou perguntando se estava livre e como a resposta foi positiva determinou ao motorista que o levasse ate o Cerro do Armour, chegando no Chalé pediu ao motorista que dobrasse à esquerda, alguns metros depois pediu que o motorista parasse.

Sacando do seu revólver que estava na cintura e tentado em primeiro momento efetuar um disparo na cabeça dele, quando a munição falhou, o homem se virou e imediatamente o declarante efetuou outro disparo, acertando-lhe a cabeça, não sabe determinar o local exato onde acertou o primeiro tiro.

PR disse que sempre intentava acenar o primeiro tiro na cabeça, o segundo da mesma forma. Após efetuar o primeiro disparo que atingiu a cabeça da vitima, desceu do carro, abriu a porta do motorista e puxou para fora. A vítima caiu, não lembra se estava vivo, e efetuou mais um disparo em direção ao corpo da vítima.

Depois disso, o homem ficou caído e o declarante embarcou no veículo e retirou-se do local, tendo depois de retirado o dinheiro que estava no quebra sol. Lembra que saiu do local, dobrou na Escola Cirino Luiz de Azevedo em direção ao bairro São Paulo, pegando a Av. Barão do Ibirapuitã, depois chegando ao Porto Seco em direção da Cobec e depois até a Paul Harris, onde abandonou este carro.

Perguntado, disse que desta vítima pegou somente o dinheiro e os não lembra quantos celulares. PR disse que o auto rádio e o GPS não subtraiu. 

Terceira vítima 

Perguntado disse que somente desceu a Paul Harris, vindo do Porto Seco. Disse que desceu em direção à Receita Federal e dali rumou a pé em direção à Estação Rodoviária, foi caminhando pela Av. Almirante Tamandaré, pela calçada da Praça Internacional. Foi até a Rodoviária caminhando e neste local pegou outro táxi, uma Fiat Elba, acredita que cor verde ou grafite. Embarcou no banco dianteiro ao lado do motorista. Determinou ele correr para o bairro Bissio, em Rivera ROU, acredita que ele pegou a rua que passa atrás do Cemitério e em frente de uma Comissaria de Policia. Em determinado semáforo o motorista entrou à esquerda, andou até a praça, virou à esquerda novamente, depois à direita, andou umas duas quadras (eu acho) quando mandou que ele parasse, momento em que efetuou dois disparos contra a cabeça da vítima. Saiu do banco do carona. Tirou o corpo deste homem de dentro do carro e saiu em direção do Estado brasileiro.

Lembra que no caminho revisou o que havia no carro, encontrando algum dinheiro e celular. Veio dirigindo pela Cobec, Porto Seco, até o Jardim do Verde III. Próximo de sua casa. Abandonou o veículo e voltou a pé para casa. Trazia consigo cinco aparelhos celulares, valor em dinheiro de R$ 470,00, os quais somente contou quando chegou em POA. Perguntado, disse que não lembra de ter subtraído nenhuma lanterna.

Não dormiu. Estava em casa quando seu irmão Bernardo chegou para lhe visitar. Acredita que era horário do almoço, momento em que conversando com seu irmão lhe presenteou com um aparelho celular subtraído das vítimas, mandou que escolhesse qualquer um. Perguntado disse que já, ta apreendida na casa de sua avó. Pertencia ao seu avô, tinha pegado emprestado naquele dia e a devolveu no dia seguinte.

PR disse que não viu marca de sangue, se tivesse visto a colocaria fora. Lembra que sua mãe (avó paterna) comprou a passagem para o meio-dia e o declarante a trocou para meia-noite. Relata que visitou seu pai, na borracharia. Na parte da tarde, comprou uma camiseta na loja do lado como presente de aniversário, tendo lhe dado os parabéns e ido embora. Embarcou às 23h, foi levado por sua mãe. Estava de sapato mocassim, calça jeans escura. Camiseta rosa de mangas compridas.

Perguntado disse que como trajava a calça jeans pertencente a VICTOR resolveu devolvê-la, pois o mesmo viria para esta cidade e lhe pedira, ficou de bermudas e seu avô tirou as calças de abrigo e lhe deu para que não viajasse de bermudas. Levou consigo quatro celulares. O dinheiro e a arma citada. Lembra que chegando em casa colocou uma camiseta que estava suja de sangue fora e três dos celulares subtraídos, ficando com apenas um, um Nokia modelo N8. Neste aparelho colocou um chip de número 51-83100120, passando então a usá-lo. O celular que foi apreendido com um homem em Porto Alegre acredita tenha sido encontrado no lixo. Disse que os crimes que cometeu em Porto Alegre narrou na DHPP, ratificando seu depoimento, acreditando apenas estar errada a data de chegada em Livramento e a marca do revólver que aponta Taurus. Perguntado disse que se desfez do revólver no Campo da Tuca, especificamente próximo do terminal Alameda. Jogou no meio fio da calçada. Não trocou por drogas. Pois se o encontrassem, de alguma forma o poderiam vincular ao declarante. Perguntado disse que já foi viciado em cocaína. Parou de usar há aproximadamente dois anos, hoje usa somente maconha. Perguntado disse que seu amigo VICTOR não sabe de nada, quando cometeu os crimes em Sant’Ana do Livramento o mesmo estava em POA e quando cometeu os crimes em POA, o mesmo estava em Livramento. Não contou nada disso para ninguém até o momento em foi preso. Solicita neste momento aos seus defensores que excluam sua conta do facebook, momento em que lhes fornece endereço eletrônico e senha, pelo motivo de sua privacidade. Perguntado disse que não conhecia nenhuma das vítimas. Não havia outro motivo de lhes ter tirado a vida que não fosse o subtrair dinheiro e celulares. E nada mais declarou.

 

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1 Comentário

  1. adriana

    que decepçao para essa avo q criou esse monsto com todo amor e carinho,nao ac redito q o fato de nao ter tido contato com pai e  mae tenha sido a causa para tal estupides,nao sera o primeiro a  ter sido criado sem os pais  e tambem nao sera o ultimo,,,a indole desse individuo q nao presta.na hora de aprontar tal crueldade  nao levou em conta quantas familias iria  destroçar ,e agora quer tirar a culpa dele e colocar em outras pessoas,vai criar vergonha na cara e  assumir teus atos, nao foi covarde para cometer tais crimes?entao agora segura a pena  e finge ser HOMEM,pq vc nao passa  do lado podre do ser humano ,q envergonha as pessoas q sao santanenses, q vc apodreça na cadeia………………

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