República Democrática Popular da Coreia
A Coreia do Norte é um Estado unipartidário sob uma frente liderada pelo Partido dos Trabalhadores da Coreia. O governo do país se autodeclara como seguidor da ideologia juche (desenvolvida por Kim Il-sung, ex-líder do país) Juche tornou-se a ideologia oficial do Estado quando o país adotou uma nova constituição em 1972. A Coreia do Norte é oficialmente uma república socialista, considerada por muitos no mundo todo como sendo uma ditadura totalitarista stalinista. Acredita-se os que primeiros habitantes da Coreia chegaram há aproximadamente 5000 mil anos. De acordo com a tradição, no ano2 333 a.C., Tangun (também chamado Dangun), fundou a dinastia Choson. Entre 1592 e 1598, os japoneses invadiram a Coreia, depois da dinastia Joseon ter negado a passagem ao exército japonês liderado por Toyotomi Hideyoshi, em sua campanha à conquista da China. A guerra só terminou quando os japoneses se retiraram após a morte de Hideyoshi. É nesta guerra que surge como herói nacional o almirante Yi Sun-sin. No século XVII, a Coreia foi finalmente derrotada pelos manchus e se uniu ao Império Chinês da Dinastia Qing. Durante o século XIX, graças à sua política isolacionista, a Coreia ganhou o nome de “Reino Eremita”. A dinastia Joseon tratou de proteger-se contra o imperialismo ocidental, mas foram obrigados a abrir suas portas para o comércio ocidental. Depois da Segunda Guerra Sino-Japonesa e da Guerra Russo-Japonesa, a Coreia passou a ser parte do domínio japonês (1910-1945). No final da Segunda Guerra Mundial, as forças japonesas se renderam às forças da União Soviética, que ocuparam o norte da Coreia (atual Coreia do Norte), e dos Estados Unidos, que ocuparam a parte sul (atual Coreia do Sul)
Em 19 de setembro de 2005, a Coreia do Norte prometeu ajuda de combustível e vários outros incentivos não relacionados ao alimentício da Coreia do Sul, dos Estados Unidos, do Japão, da Rússia, e da República Popular da China em troca de abandonar o programa de armamento nuclear e regressar ao Tratado de não proliferação de Armas Nucleares. Fornecendo alimentos em troca de abandonar programas de armamentos foi, historicamente, evitado pelos Estados Unidos para não ser visto como um “usar comida como uma arma”. A ajuda humanitária dos vizinhos da Coreia do Norte foi cortada, por vezes, para provocar a Coreia do Norte a retomar negociações boicotadas. Por exemplo, a Coreia do Sul teve a “consideração adiada” de 500 000 toneladas de arroz para o Norte em 2006, porém a ideia de fornecer alimentos como um claro incentivo (em oposição em retomar a “ajuda humanitária em geral”) tem sido evitada. Há também rompimentos da ajuda devido ao roubo generalizado de vagões usados pela China para entregar ajuda alimentar.
Em julho de 2002, a Coreia do Norte começou a experimentar o capitalismo privado na Região Industrial de Kaesong. Um pequeno número de outras áreas foram designadas como Regiões Administrativas Especiais, incluindo Siniju junto com a fronteira China-Coreia do Norte. A RPChina e a Coreia do Sul são os maiores parceiros comerciais da Coreia do Norte, sendo que o comércio com a China aumentou 15% a US$ 1,6 bilhões em 2005, e o comércio com a Coreia do Sul aumento 50% a mais de 1 bilhão pela primeira vez em 2005. É relatado que o número de telefones móveis em Pyongyang passou de apenas 3 000 em 2002 para aproximadamente 20 000 durante o ano de 2004. Em junho de 2004, no entanto, os telefones móveis tornaram-se proibidos novamente. Um pequeno número de elementos capitalistas estão gradualmente se espalhando da área experimental, incluindo cartazes de publicidades ao longo de certas estradas. Cada vez mais investimentos externos foram criados desde 2002.
Hoje, a presente situação na península coreana é incrível e absurda porque tem a ver com um dos mais graves riscos de uma guerra nuclear desde a Crise de Outubro (Crise dos Mísseis de Cuba, 50 anos atrás). A Coreia do Norte, que juntamente com Cuba é um dos últimos países comunistas do mundo, vem elevando a pressão ao declarar guerra à vizinha Coreia do Sul e ameaçando encenar um ataque nuclear contra os Estados Unidos. Poucos observadores acreditam que a nação vai realmente atacar. O líder cubano Fidel Castro advertiu a Coreia do Norte contra a guerra e descreveu as atuais tensões na península coreana como um dos “riscos graves” para o holocausto nuclear desde a crise dos mísseis em Cuba, em 1962. Dizendo que ele falava como um amigo, Fidel escreveu na mídia estatal cubana que a Coreia do Norte, liderada por Kim Jong-un, 30 anos, tinha mostrado ao mundo a sua capacidade técnica e agora era a hora de lembrar os seus deveres para com os outros.
Carlos Alberto Potoko