Avaliação excludente dá nova oportunidade aos alunos

Novo sistema do Ensino Médio Politécnico apresenta vários critérios para avaliação

A diretora da escola General Neto e a supervisora Adriana Sanchez com os alunos aprovados na avaliação excludente

Desde o ano de 2012, está instaurado nas escolas o Ensino Médio Politécnico. De acordo com a coordenadora pedagógica e supervisora do Ensino Médio Politécnico da escola General Neto, Adriana Muratório Sanchez, a diferença, a partir de agora, é que o professor se tornou o mediador do conhecimento. “Além de transmitir conteúdos, valores, habilidades, o professor estabelecerá relações com o mundo lá fora, tornando-o um agente transformador”, afirmou Adriana.

Segundo ela, o aluno é avaliado durante todo o ano, em aspectos como comportamento, interesse, atitudes, entre outros. Então, é realizado um pré-conselho de classe, em que os professores orientam o aluno para melhorar em aspectos que ele pode estar deixando a desejar.

Ao fim do ano, é realizado um conselho de classe e, se a avaliação do aluno não foi positiva, havendo chance de reprovação, durante o mês de março do ano seguinte é proporcionada nova oportunidade. “Por praticamente todo o mês, o aluno realiza pesquisas, projetos, passa por observação diária na sala de aula, por uma autoavaliação e outros instrumentos que demonstrem o desenvolvimento do estudante”, explicou a supervisora.

 Avaliação do Ensino Médio Politécnico 

Gabrieli Weis (15 anos) e Marleandra Diaz (17 anos) ficaram eufóricas quando receberam a positiva notícia

Para a supervisora Adriana Muratório Sanchez, o Ministério da Educação tem toda a intenção de melhorar a situação da educação no País. “Acredito que essa mudança vem para melhorar. Mas, para isso acontecer, é necessário que todos estejam engajados e, principalmente, a família participe e acompanhe todo o processo educacional”, avaliou.

A diretora da Escola Alceu Wamosy, Maria Magari da Rocha, entende que a avaliação excludente é, por um lado, uma oportunidade que o aluno tem de construir seu conhecimento e avançar. “No entanto, a dificuldade é que, na minha opinião, o tempo é curto para que ele possa construir e demonstrar que realmente conseguiu adquirir de conhecimento. Por isso, acho que devem haver outras coisas para que realmente esse novo sistema seja bom para alunos e professores”, considerou a diretora.

Para ela, esse novo método atrapalha, por exemplo, a parte burocrática da escola, como a formação das turmas – uma vez que a definição se os alunos passaram de ano, ou não, se dá após o primeiro mês de aula. “É interessante, mas ainda não é a forma ideal”, arrematou. 

Alunos vibraram quando souberam da aprovação 

Matheus (17 anos) e Lailesson (16 anos) já estão cursando o segundo ano do Ensino Médio

Na manhã de sexta-feira, alguns estudantes do primeiro ano do Ensino Médio receberam a notícia de que foram aprovados e passarão a cursar o segundo ano do ensino Médio. Matheus Figueiredo, Marleandra Diaz, Gabrielli Weis e Lailesson Lopes disseram estar muito felizes com a chance. “É uma ótima oportunidade que tivemos para não perder o ano”, contaram.

Após terminar os estudos, Matheus deseja seguir a carreira militar. Os três outros estudantes pretendem entrar para a faculdade. Por este motivo, não desejam “perder tempo” no colégio. “Rodar nos atrasa, perdemos um ano que poderíamos estar estudando outra coisa. Com essa nova forma, está mais facilitada a nossa avaliação”, ponderaram.

 

 

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