A beleza de Deus

A América Latina chora emocionada com a Argentina pela escolha de Jorge Mario Bergoglio, nascido em 17 de dezembro de 1936, em Buenos Aires, como nosso pastor maior, o Sumo Pontífice “Francisco I”. A frente de uma religião com tantas congregações, com correntes teológicas diferentes será um senhor desafio para manter a unidade sob uma mesma palavra de Deus. Simbolicamente, isso é um orgulho para um continente que avança na luta pela desigualdade social.
Num Conclave relativamente rápido surpreendeu não só a nós latino-americanos, como o resto do mundo. A escolha desse senhor de face doce e hábito franciscano para representar uma igreja em momentos tão difíceis como o agora, ainda terá sobremaneira um olhar para com a África. Nesse sentido, sem esquecer os mais pobres, ao final da Benção “Urbi et Orbi”, nos marcou a todos com a simplicidade de um homem de Assis, falando: “Cardeais foram escolher o Papa “no fim do mundo”. Depois, Francisco I abençoou a todos e pediu uma oração para o ele, o Papa. E logo rezou a uma Ave Maria com a Praça Inteira. O clima foi totalmente fora do normal, foi como uma festa de amor pela humanidade.
O rebanho do Papa Francisco I, segundo dados do Vaticano/2010, será nada menos do que 5.104 bispos, 412.236 padres e 721.000 freiras e mais de 1,2 bilhões de fiéis. No Brasil é de 123 milhões, o país de maior número de católicos no mundo. Mesmo com todas as acusações de moral, a Igreja é imaculada e indefectível, Após cada campanha de ataques contra ela, a Igreja sempre aparece mais forte e esplendorosa do que antes. Como simpatizante dos Arautos do Evangelho, li um documento de Mons. João Clá Dias, no qual concordo, em que diz: “Embora haja padres despreparados e indignos, ninguém o pode negar; que abusos horríveis foram cometidos, e certamente até em número superior ao registrado, é preciso reconhecer. Mas utilizar falhas gravíssimas, mas circunstanciais, relativas a uma minoria de clérigos, para enxovalhar toda a classe sacerdotal é uma injustiça. E usar isso como pretexto para tentar derrubar a Igreja é diabólico.” Aliás, quanto mais o espírito libertário, relativista e neopagão de nossa época se infiltra na Igreja, tanto mais é de se temer que aconteçam crimes de pedofilia. Daí mesmo a necessidade de implantarem-se seminários num sistema rigoroso de seleção, de modo a só admitir como candidato ao sacerdócio quem não tenha a propensão de pactuar com o mundo, mas queira ensinar a prática da doutrina católica em toda a sua pureza e dar o exemplo, pois a atual campanha publicitária contra a Igreja faz-nos esquecer uma verdade da qual a história nos dá um inequívoco testemunho: foi a Igreja Católica que livrou o mundo da imoralidade, e é porque está rejeitando a Igreja que o mundo tem afundado novamente no lodo do qual foi resgatado.
E assim, para mim, existe uma misteriosa e profunda relação de esperança, entre a escolha de um Papa e a vida eterna, por este motivo a tradição católica representa os espíritos bem-aventurados, enquanto cantam em coro, raptados e extasiados pela beleza de Deus, esta manifestada com toda sua força espiritual em sua arte sacra. Porém a arte autêntica, como a oração, não nos torna alheios à realidade cotidiana; mas nos conduz a ela para “impregná-la” e fazer que reviva, para que dê frutos benéficos e paz. Por isso é que gosto da minha igreja, Católica Apostólica Romana.
Carlos Alberto Potoko

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