Para a obra da UBS do Armour

Prefeito, que está em Porto Alegre, diz que situação será analisada do ponto de vista contratual

Está parada a obra de construção da Unidade Básica de Saúde no Armour. A confirmação foi feita sexta-feira à tarde, por um dos diretores da empresa vencedora da licitação, a Construtora Bannura & Civeira. Carlos Enrique Civeira disse que a Prefeitura Municipal ainda não fez o pagamento respectivo ao período, e a diretoria tomou a decisão de parar. Foram colocados cartazes por parte dos operários contratados pela empresa.

A edificação estava sendo realizada na rua Nazareno Cenerelli, dentro de um projeto iniciado no governo do ex-prefeito Wainer Machado, no valor de R$ 890 mil para a construção de um complexo de atendimento com área construída de 636,95 m².

Civeira salienta que com os termos aditivos a obra deverá chegar a R$ 1 milhão e 200 mil. “Enfrentamos sérias dificuldades em função da falta de repasses. Temos 85% da obra concluída e recebemos 43% do valor. Já encaminhamos fatura de R$ 230 mil e desse valor recebemos R$ 78 mil; o secretário da Fazenda, Paulo Lago, nos confirmou que não há dinheiro”- disse o engenheiro. Ele informa que a empresa está com a folha de pagamento dos 27 trabalhadores da obra em dia, mas em atraso com fornecedores. “Não foram feitos os repasses de R$ 151 mil, R$ 130 mil e um aditivo de R$ 100 mil. Pedimos uma medição em dezembro do ano passado e não foi realizada. Somos parceiros da administração, entendemos que assumiram há menos de 60 dias, mas a situação ficou insustentável e pela falta de repasses chegamos ao nosso limite. Queremos que a comunidade nos entenda, pois não era nosso desejo parar, mas sempre houve atrasos, desde o início, mas de poucos dias e agora há atraso de praticamente dois meses”- concluiu. 

Contraponto

A reportagem entrou em contato, ao fim da tarde de sexta-feira, com o prefeito Glauber Lima. Ele disse que conversara com o secretário Paulo Lago para disponibilizar o que havia de recursos disponíveis, R$ 78 mil. O mandatário, que estava em Porto Alegre, com os secretários Carlos Miranda Alves e Paulo Lago, disse que vai analisar a questão da paralisação da obra da UBS do Armour do ponto de vista contratual, ou seja, vai verificar o que está previsto nas cláusulas do documento. “Vou analisar os termos do contrato com a empresa, pois é sabida a situação de extrema dificuldade financeira da Prefeitura. Herdamos um passivo de R$ 27 milhões do governo anterior e estamos buscando as alternativas. Vamos pagar o que for devido” – disse o primeiro mandatário, reforçando que segunda-feira vai anunciar a posição da municipalidade, após o estudo do contrato da obra, ante a atitude tomada pela construtora.

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