Empresas locais registram prejuízos na falta de carnaval de rua
Carnaval: época de brincar, pular e se divertir, e que aquece a economia em nível nacional. Mas para Sant’Ana do Livramento, essa realidade de sucesso de vendas de fantasias e acessórios está longe.
Segundo o gerente da loja Gaivota, Roberio Epifanio, o movimento está fraco e as vendas despencaram. “Do ano passado para este ano, baixou uns 80% as vendas no mercado em Sant’Ana do Livramento, principalmente por não haver Carnaval de rua”, e conclui: “No dia de hoje, vendi somente uma fantasia”.
Os produtos, além de coloridos, vão desde fantasias, máscaras, chapéus, marabu, perucas, purpurinas, bijuterias, até enfeites, tecidos, plumas, paetês e lantejoulas.
Mas para Roberio, o saldo positivo é a venda de seus produtos de fantasias e acessórios para municípios da região. “As vendas estão saindo para municípios de Dom Pedrito, Rosário do Sul e Quaraí, além das pessoas do Uruguai, que acabam comprando conosco, porque oferecemos preços acessíveis”.
A responsável pelo setor de tecidos da Casa Verde, Erodites Fernandes Larruscain, comenta que a loja aposta nas variedades de cores e tecidos que oferece aos clientes, mas declara “As vendas diminuíram em torno de 20%, mas continuamos trabalhando com clientes uruguaios e pessoas que frequentam os clubes”.
Segundo Larruscain, as vendas de tecidos são para confeccionar as roupas para blocos de carnaval, que buscam tecidos em promoção, como cetim, tafetá, renda e laminados. “Para chamar os clientes, fazemos bastantes saldos e ofertas”.
O setor de comércio investe e depende das vendas nessa época, mas segundo a gerente da loja Rio de Janeiro, Elenita Marques as vendas estão escassas. “Estão um fracasso as vendas de carnaval em Livramento, a cada ano diminui mais. Consigo vender para Bagé, Rosário do Sul, Dom Pedrito, São Gabriel e Quaraí, até porque nessas cidades terá carnaval de rua. Nossos preços realmente são acessíveis, senão eles não se deslocariam até Livramento para fazer as compras de fantasias e acessórios”, ressaltou.
Já a gerente da Casa China, Marcia Antunes, aposta na procura nos últimos dias, pelo fato dos brasileiros deixarem as compras para a última hora, mas avalia: “Diminuiu muito a procura por fantasias”.