Atendimento a gestantes é cancelado por falta de ginecologistas
Município está sem ginecologista para atendimento no SUS, deixando gestantes preocupadas com a falta de assistência médica
Sant’Ana do Livramento está sem ginecologista para o atendimento pelo Sistema Único de Saúde. As gestantes que procuram os postos de saúde e os hospitais estão sem atendimento, o que está causando grandes preocupações.
Grávida de quatro meses, Tatiane Sesterrem buscou o Posto Médico do Wilson no último dia 14, e ficou sabendo que não tinha ginecologista para atendê-la. Preocupada, a gestante buscou o jornal A Plateia para relatar a situação pela qual ela e seu marido estão passando: “A situação está complicada, não tem médico. Estou grávida de quatro meses e o meu último exame foi realizado no dia três de dezembro, quando fui atendida e consegui marcar um exame de ecografia, que até agora não foi autorizado. Já faz 40 dias e nada foi feito.”, ressaltou ela, que está preocupada com o desenvolvimento do seu filho: “É um fato totalmente lamentável. Estou muito preocupada, não sei como meu filho está. Assim como eu, muitas mulheres estão sem o atendimento médico durante a gestação. Conheço outras mães que estão passando pela mesma situação e não sabem o que fazer”, lamentou a gestante.
“É um fato totalmente lamentável. Estou muito preocupada, não sei como meu filho está”.
Tatiane Sesterrem, grávida de quatro meses
Procurada pela reportagem, a Secretária da Saúde, Dra. Erika Zanini, confirmou a falta de ginecologistas atendendo pelo SUS, porém afirmou que já estão sendo tomadas providências para resolver este problema: “Estamos buscando alternativas. Esta situação é tratada como prioridade número um na Secretaria da Saúde. Estamos com o problema da falta de ginecologista, pois o único médico que estava atendendo saiu de férias, por isto ficamos sem atendimento às gestantes. Já estamos conversando com outros médicos, para que em breve possamos ter uma solução. Assim que obtivermos definições, todas as gestantes terão acesso às consultas e exames marcados”, afirmou a secretária.
Enquanto aguardam uma solução por parte do Poder Público, as grávidas acabam tendo que procurar consultas particulares, pois não podem ficar sem o atendimento médico nesta fase tão importante, que é a da formação de uma nova vida: “Se não tiver uma solução em breve, terei que procurar uma consulta particular. Eu vou fazer um esforço para pagar, mas quem não tem condições, como fica? Esperamos uma resposta urgente”, finalizou Tatiane.
Por Luís Fernando Martins
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Imagina uma cidade onde existe várias gestantes, não ter nenhum ginecologista, pois é essa é a nossa realidade, quem tem um plano de saúde escolhe em qual médico ir, e quem não tem vai aonde? Quando irá mudar a saúde no Brasil?