Praça dos Cachorros, camelôs e várias demandas estão na pauta do governo

O pedido de respostas da comunidade registra descompasso em relação à capacidade de pronto emprego das ações do Executivo. Enquanto o cidadão quer soluções para ontem, a municipalidade recém começa o desenvolvimento de seu novo ciclo. O prefeito Glauber Lima, seu vice, Edu Olivera, e o secretariado que o digam. As demandas chegam em profusão e o mandatário espera a compreensão da comunidade ante a obviedade de que em menos de uma semana, pouco ou quase nada é possível resolver. Espera o entendimento de que não é “só fazer”, como as pessoas pensam, e nem sempre a caneta resolve tudo na esfera pública, às vezes é preciso apoio e, quase sempre, parcerias duradouras.

Durante participação no programa Conversa de Fim de Tarde, nesta semana, Glauber e Edu apresentaram algumas respostas sobre pontos efetivos, como a questão da praça dos Cachorros, que, por intermédio do Movimento pela Restauração da Praça dos Cachorros e do Parque Internacional, protagonizado pela família Bonani (Federico, Leonilde e Laura Bonani Cunha), vem exercendo pressão constante para a recuperação da praça General José Antônio Flores da Cunha. O prefeito confirma que recebeu a Carta Aberta publicada pela família Bonani no blog do Movimento (veja quadro). 

A Plateia – Como resolver a questão que envolve camelôs, praça dos Cachorros e como o novo Executivo recebeu a carta aberta do Movimento pela Restauração da Praça?
Glauber – Recebi o documento, sim, li e tenho conhecimento das argumentações. Nós temos um prazo até 19 de fevereiro para apresentar em juízo uma alternativa. Semana que vem, vamos começar a discussão, depois de tomarmos uma decisão, vamos apresentá-la publicamente. Não há muita alternativa, ou o espaço ali, recuado na rua ou então no terreno, em que há decreto de desapropriação (estacionamento do cine Internacional), pois parece que os herdeiros do proprietário (Paulo Jobim, falecido ano passado) estão pedindo em torno de R$ 650 mil. Nós temos que tomar uma decisão, mas ela tem que ser da forma como fique o melhor possível para todo mundo. A revitalização da praça dos Cachorros, como de resto na própria prefeitura, dos bens públicos que precisam dessa revitalização, nós vamos fazer. Aquilo que não tiver sido tombado a gente vai tombar. A prefeitura não está tombada. Tem dinheiro para isso. Não há necessidade de contrapartida, pois é patrimônio histórico, há interesse da sociedade. Nós vamos elaborar um projetão em cujo bojo entrem a praça dos Cachorros, a prefeitura municipal e outros prédios e espaços públicos. Enquanto isso, já determinei à secretária Ana (Ana Assef, dos Serviços Urbanos) que concentrasse esforços na limpeza e arrumação das praças e espaços públicos, sem, entretanto, descuidar de outras situações. Em que pese, sim, o número reduzido de funcionários hoje no município, uma boa parte com mais de 50 anos, vamos atrás, na tentativa de elaborar uma força tarefa, com os que pudermos dispor e também com o apoio externo.

Edu Olivera – Inclusive, vale lembrar que uma resposta em relação à praça dos Cachorros também envolve os camelôs e vice-versa, pois são dois assuntos que estão sub júdice. Está junto à desapropriação da área do cinema, tivemos aceno de extremo bom senso do Judiciário e do Ministério Público, que entenderam a situação, pois recém estamos chegando e pegando um processo em andamento, o que nos permitiu um prazo para apresentar solução. Então, essa ação que o Glauber fala será importante, pois precisamos resolver definitivamente. Camelôs, praça dos Cachorros, linha divisória, enfim, estão todas essas questões no mesmo pacote, se pode dizer e temos, sim, que apresentar uma solução em fevereiro.

 

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