Verão, ar condicionado… e a energia elétrica?

A chegada do verão e das altas temperaturas é sinônimo de aumento nos gastos com energia elétrica. É neste período do ano que alcançamos os maiores picos de consumo, principalmente por causa dos aparelhos de refrigeração de empresas, indústrias e grandes centros comerciais. Isso levanta uma questão importante: como está nosso sistema energético?

Em janeiro de 2011, o consumo no Rio Grande do Sul chegou a 5.547 MW, recorde histórico no Estado, muito próximo do limite de fornecimento na época, que era de 6.000 MW. Hoje a capacidade aumentou para 6.500 MW, mas considerando que a cada ano há registros de um aumento gradual também do consumo, é preciso precaução.

Atualmente 60% a energia disponível no Estado vem do Sistema Integrado Nacional, o que nos garante estabilidade para evitar um apagão. No entanto, esta energia é insuficiente se quisermos atrair novos investimentos, principalmente para o setor industrial. E investir em indústrias é quesito fundamental para o crescimento econômico de um estado, pois além de aumentar receita, gera empregos, renda e desenvolvimento social.

É nesse sentido que defendemos um melhor aproveitamento do carvão mineral como uma alternativa energética firme, viável e independente de condições climáticas. Até porque, o Rio Grande do Sul dispõe da maior reserva de carvão mineral do Brasil, com estoque para mais 400 anos se continuarmos com participando apenas com 1,5% da matriz energética nacional como acontece hoje.

Para se ter uma ideia, a implantação de uma usina termelétrica de 340 MW teria um custo aproximado de R$ 2,3 bilhões. No entanto, calcula-se que este investimento representaria um incremento aproximado de R$ 500 milhões, por ano, na economia do município que abrigá-la, além de 1.200 novos empregos. Em Minas do Leão, por exemplo, a instalação de uma usina de 340 MW representaria um aumento aproximado de 160% do Produto Interno Bruto municipal.

Precisamos que a energia térmica a carvão receba uma atenção maior, não só dos órgãos, empresas e entidades envolvidas com o setor, mas de toda a população. Afinal, todos nós queremos energia elétrica, tanto para amenizar o calor do verão com os nossos ares-condicionados, como para promover o crescimento social e econômico do nosso Rio Grande. 

Elifas Simas

Presidente da Companhia Riograndense de Mineração

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