Ico Charopen afirma que posição oficial sairá de reunião no dia 16

Assunto será debatido em reunião da Executiva, que está sendo estruturada para a próxima semana

Ico Charopen e Aster Fernandes: posição do PTB só após reunião da Executiva

O PTB santanense deve oficializar uma posição em relação ao futuro governo durante reunião da Executiva, no dia 16 de dezembro. Assim, o presidente da comissão executiva provisória, Solimar Charopen, o Ico, manifestou-se em relação à questão que vem polemizando o meio político nas últimas duas semanas. Ico também fez uma revelação surpreendente: a servidora pública Ana Cristina Rodrigues Assef, que foi confirmada como futura secretária de Serviços Urbanos, não é filiada ao partido. Em pouco mais de uma hora de participação no programa Conversa de Fim de Tarde, da RCC FM, ontem, fez explanações, respondeu a questionamentos e firmou sua posição pessoal, bem como estabeleceu a postura como líder partidário. Acompanhado da também petebista Aster Fernandes, secretária da Executiva, Ico fez questão de não ter participações externas ao vivo em relação ao assunto. O leitor poderá acompanhar uma síntese dos temas em forma de perguntas e respostas. 

A Plateia-RCC – Qual a posição do PTB hoje?
Solimar Charopen – Eu praticamente nem deveria estar aqui. Disputei uma eleição muito desgastante, na qual fui caluniado, atacado, difamado, perseguido. Tanto eu, quanto o dr. Doralício. Perdemos a eleição e só quem participa sabe que é muito difícil. Tem um custo muito alto na campanha, é muito dinheiro para se fazer. Há dificuldade de arrecadar os recursos. Estava ‘na minha’, me retirei, estava cuidando da minha família – pois na função pública o que tu menos faz é cuidar da família – não sei se vale a pena tudo isso. E quando vi, estava no meio de uma enorme confusão, na qual não mereço estar envolvido, até porque contribui com o partido, fizemos três cadeiras e ninguém se elege sozinho. A cada eleição, mantenho uma votação expressiva. Querendo ou não, tem que aceitar. Fomos em chapa pura. Acho que as discussões do partido têm que ser em âmbito interno, não vejo necessidade de sair a público como saiu. Sinto muito por isso. 

A Plateia-RCC – Não ficou mais transparente?
Solimar Charopen – É… Ficou transparente, mas roupa suja se lava em casa e não na rua. Algumas coisas até são importantes que a população saiba. Outras, não. O PTB tem mais de 2.000 filiados, fez uma votação expressiva, tem filiados históricos, como a dona Aster, o dr. Doralício, e em respeito a essas pessoas que estou aqui hoje. Senão, não estaria. Não estou interessado em me desgastar ou me incomodar. Já fiz durante o pleito eleitoral. Também não estou atrás de cargos. Graças a Deus, tenho quatro propostas de emprego, três na área pública e uma no setor privado. Estou avaliando o que vou fazer. Tenho um casal de filhos pequenos, tenho minha filha e meus netos. Quanto ao que vem ocorrendo e que veio a público, foi colocada a carreta na frente dos bois. Pelo que estão dizendo, que eu sou totalmente contra coligar ou participar de um projeto de desenvolvimento de Sant’Ana do Livramento, não é verdade. O Ico não participa. O Ico não quer cargo. Mas eu não sou o dono do PTB. O partido tem uma executiva. Com certeza, eu seria voto vencido. Tranquilamente, estamos em um regime democrático. É a maioria que decide e não haveria problema nenhum comigo, até porque sou muito diplomático e muito tranquilo. A forma como foi conduzida essa negociação é que não concordei e não é o PTB que está coligado, mas sim a bancada. Aliás, diga-se de passagem, quero deixar de fora a Tatiane (Marfetan). Está se preparando para entrar. E já vem para um barril de pólvora. Quero preservá-la. É uma liderança nova do partido. Tenho ótima relação com ela e sua família. Tudo se constrói via partido, via executiva. Há um grupo de pessoas, de filiados, tem que ouvir essas pessoas, ouvir as bases. A forma como foi conduzida (a negociação) é que o partido não aceitou. O PTB não é o Ico e o PTB também não é a bancada de vereadores. Eu não sou dono, nem eles.

A Plateia-RCC – O assunto veio a público a partir de sua manifestação…
Solimar Charopen – Emiti a nota porque me causou surpresa quando falavam que o Partido Trabalhista Brasileiro entrou no governo. Houve uma reunião em Porto Alegre e coloquei como disse aqui: não participo, não quero cargo, sou contra. Mas, não sou o dono do partido. Respeito a posição dos companheiros que querem participar do governo. Não tenho nada contra o Glauber, o Edu, ninguém. 

A Plateia-RCC – Quem deveria chamar a reunião local sobre o assunto?
Solimar Charopen – Qualquer membro da Executiva. Poderia me oficiar, me ligar. Os próprios vereadores. Colocariam para a Executiva, não teria problema. Também não tenho nada contra as pessoas que foram indicadas como prováveis secretários. Não é o partido, por enquanto é a bancada. Vamos, então fazer uma reunião da Executiva, vai se tirar a posição do partido. A condução foi errada. Não precisava ter agressões, discussões a público, lavar a roupa suja. Tudo pode ser lá dentro.  

A Plateia-RCC – Algum cargo foi oferecido para Ico Charopen?
Solimar Charopen – Na reunião em Porto Alegre, até é verdade. Cogitou-se na primeira reunião, eu disse que não queria, que não iria participar. Se for voto vencido, me retiro. Quero bem da minha cidade. 

A Plateia-RCC – Não houve autorização para negociar em nome do PTB?
Solimar Charopen – Em nenhum momento. Teria que ser trazido o assunto para a Executiva e formar uma comissão, até com os próprios vereadores. Foi a nível de Câmara e não de partido. Tive que me posicionar, ante a surpresa dos filiados e dos suplentes, bem como daqueles que trabalharam e concorreram. 

A Plateia-RCC – Houve acordo interno de que em função do pleito os vereadores, na campanha, ficariam liberados de pagar a contribuição partidária?
Solimar Charopen- Isso não é verdade. Não houve reunião sobre isso. O acordo que houve era de zerar e começar daqui para frente, porque quando assumi o partido nenhum dos três vereadores pagava. Até na reunião de Porto Alegre disse ao Melado que o apoiaria, pois assim pagaria a contribuição partidária, como estaria lá. Em relação ao aluguel da sede eu, Ico, estou pagando. Assim foi, consecutivo, nas últimas eleições.

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