A solidão do Eng. Elifas Simas

Tenho acompanhado a peregrinação da abissal solidão do engenheiro Elifas Simas, presidente da CRM, em seminários e na mídia em defesa de seu múnus por uma soberania energética do nosso Estado. Se não vejamos, o governo do estado quer fábrica de carros elétrico e esquece que os carros precisam de energia permanente para rodar, pois o carvão mineral é o maior recurso energético do país e que o RS detém 90% das reservas. Contudo o governo só acredita no romantismo de que as eólicas darão uma energia sólida para manter uma montadora, mas esquece de que não dominamos o vento e a água. Uma usina termelétrica, mesmo com toda a fama de poluidoras, aí o Elifas de razão, de que somente as usinas térmicas, sendo as carvão mineral as mais baratas, podem sim dar segurança energética nos períodos sem chuva que ora vivemos, somando-se aí o desejo das indústrias que querem uma energia mais abalizada, confiável e com preços estáveis.

O RGS tem condições de fornecer essa energia a partir das nossas minas de carvão sem depender da importação dos 65% que consumimos. Nos próximos anos teremos risco de racionamento com índices inadmissíveis de prejuízos. Hoje quase todas as térmicas de combustível fóssil do país estão ativadas para suprir a demanda de energia que não para de crescer. Enquanto isso, o governo evita o nosso carvão mineral e o governo uruguaio desejando essa potente energia confiável com tão rica matéria prima, projeta no país vizinho a instalação de uma usina térmica de 340 MW com o fornecimento do carvão gaúcho para depois exportar a energia produzida de volta aos gaúchos e assim, gerar emprego e renda do outro lado da fronteira.

Precisamos nos mobilizar em prol da nossa autossuficiência energética com a mineradora rio-grandense no sentido de acordar nossos políticos para a importância estratégica que representa uma política desta envergadura. Isso mais em função da nossa capacidade de produção energética instalada para não dependermos das oscilações do sistema nacional, que hoje, sabidamente já apresenta estado de fadiga do que vistas de sustentabilidade ecológica. Nosso país tem o poder de estocar energia sob a forma de matéria prima com o carvão mineral, gás e óleo em seus poços e minas uma vez que a base de nossa energia é hidráulica. Essa complementação, segundo o Elifas é essencial para o nosso desenvolvimento econômico e nesse pensamento, não tem fronteira alguma. Lembro que toda a força energética de um povo não pode deixar o presidente santanense de tão importante estatal gaúcha caminhar na solidão determinada pelos limites da surdez governamental. 

Carlos Alberto Potoko

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