Votar: faça chuva ou faça chuva
Exercer o direito ao voto para os santanenses exigiu persistência e sacrifício para driblar o mau tempo
Exercer o poder do voto para o eleitor santanense num domingo atípico de eleição. Foi um verdadeiro desafio. Muitos foram os obstáculos de eleitores que tiveram que superar para fazer valer o direito inquestionável do voto.
A chuva torrencial durante todo o horário de votação, das 8h às 17h, foi a grande responsável pelo índice recorde de abstenções, que teve número superior ao Prefeito eleito Glauber Gularte Lima, fazendo que, em média, 20 eleitores a mais deixarem de comparecer as urnas para exercer o direto de votar. A chuva forte alagou acessos as sessões eleitorais, transformou o material de campanha em armadilha para os eleitores, pois a mistura do papel e a água criaram uma pasta escorregadia que provocou alguns esbarrões e até tombos.
Além do título de eleitor, do documento de identidade com foto, outro acessório foi obrigatório para o deslocamento do eleitor até a urna, o guarda chuva. Apesar das dificuldades, a maioria dos santanenses superou a intempérie e fez valer o seu direito de decidir os rumos da nova administração de Sant´Ana do Livramento.
Eleitor enfrenta 18 km de moto na chuva
Para alguns eleitores, participar da eleição foi uma aventura. Foi o caso do
trabalhador rural Rosinaldo Marques, que não se intimidou com a chuva e saiu do seu trabalho, no interior do município para vir à secção número 114, na Escola Hector Acosta, para votar.
Enquanto em inúmeras comunidades do interior, os eleitores, ilhados, não conseguiram sair de casa para comparecer aos locais de votação, o trabalhador rural não pensou duas vezes. Pegou sua moto e fez uma viagem da localidade do Cerro do Raio até seu local de votação, enfrentando a chuva torrencial e a estrada de chão, na maioria do tempo.
“Valeu o esforço, pois é um momento importante e que nós não podemos nos negar de participar”- completou.