Palestra reúne classe médica

O especialista Apolinário Cardoso falou sobre Defesa Médica

Apolinario Cardoso palestrou à classe médica de Livramento, na noite de ontem

Realizada na noite de ontem, na sede do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul – Simers, uma palestra reuniu médicos e advogados de Sant’Ana do Livramento para tratar sobre um dos assuntos mais latentes do momento: a Defesa Médica.

Especialista no tema, Apolinário Cardoso, também membro do Simers, falou da preocupação com o bom atendimento ao médico e explicação dos mecanismos de prevenção em relação às inconformidades eventualmente manifestadas pelos pacientes. “Esses inconformismos, como é próprio da nossa época, vão para a justiça, porque estamos atravessando uma época em que se judicializa toda e qualquer emoção e sentimento. A Medicina não poderia fugir disso e as pessoas, inconformadas, em vez de procurarem caminhos de acordo, tendem a ajuizar processos. Nesse ajuizamento de processo, criam-se situações que exigem manifestação do médico, ou seja, ele tem que provar aquilo de que eventualmente é acusado”, destaca Apolinário Cardoso. Nesse caminho, segundo o especialista, é necessário que o profissional tenha notícia de como se fazem os procedimentos médicos. “É importante o material que o médico produz em matéria de documentos durante o atendimento ao seu paciente, como prontuários, consentimento informado, todas as evoluções que os médicos têm a fazer de evolução com o paciente. Nesse sentido é que nós, da Defesa Médica, permanentemente, em todo Rio Grande do Sul, fazemos visitas, conversamos com os médicos, no sentido de ouvi-los quanto a eventuais dúvidas e informá-los das maneiras como se podem prevenir falhas documentais que podem prejudicar, depois, uma boa defesa”, complementa.

Durante o evento, Apolinário Cardoso trouxe elementos e informações atualizadas de como o poder judiciário entende os pleitos dos pacientes contra médicos, de como o judiciário está analisando estes casos, qual documentação deve ser preenchida e, ainda, ouvindo as dúvidas dos profissionais. Segundo ele, o conhecimento médico e o conhecimento jurídico devem caminhar juntos para que se possa apresentar ao Poder Judiciário uma versão verossímil, para que o médico saia ileso da reclamação do paciente, pois as reclamações têm mais a ver com a administração da saúde. “A reclamação tem muito mais a ver com as angústias dos pacientes em relação a demoras, falhas, deficiências do sistema, do que com o ato médico. Como o médico está envolvido e é chamado, ele deve ter seus documentos devidamente preenchidos, para poder se defender”, finalizou.

 

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