Crianças recebem treinamento

As oficinas da Movilcor envolveram alunos das séries iniciais da Saint Catherine’s School, em Rivera 

Oficinas foram realizadas no ginásio do Sarandi Universitário

A Movilcor de Livramento realizou, esta semana, em Rivera, uma oficina de primeiros socorros, com um diferencial: as técnicas que podem salvar vidas foram administradas para crianças.

As aulas envolveram alunos das séries iniciais da Saint Catherine’s School, na vizinha cidade uruguaia, mas atingiram também brasileiros que residem de um lado e estudam de outro.

Entre as técnicas demonstradas para os alunos no ginásio do Sarandi Universitário, estiveram situações de acidentes rotineiros em casa, na escola, e na rua, os quais podem ser melhor resolvidos com a atuação de pessoas com informações mínimas de primeiros socorros, mesmo sendo crianças.

Segundo informações da própria escola, o projeto é de iniciativa do dr. Gustavo, integrante da Movilcor, que tem filhos no colégio. Em sua explanação, Gustavo destacou que muitos salvamentos são feitos por crianças que passaram por algum tipo de treinamento de primeiros socorros. Além do médico, estavam ainda dois socorristas da Movilcor. 

Entrevista

Para a funcionária pública Federal, Cynthia Godinho, que tem dois filhos no Saint Catherine’s School, desde os dois anos de idade (Beatriz, 9 anos, e Arthur, 7 anos), o projeto foi uma iniciativa muito interessante e necessária. “Outras escolas deveriam incentivar este tipo de oficina, pois somos brasileiros, mas optamos por um ensino de excelência e trilíngue para nossos filhos, como muitos outros brasileiros, já que 53% dos alunos do St. Catherine’s são brasileiros”, destacou Cynthia.

A Plateia: Sendo mãe de aluno, como a senhora avalia este tipo de iniciativa?
Cynthia Godinho: Acho excelente. Acidentes que ocorrem em casa, no colégio ou na rua (por exemplo, queimaduras, convulsões, traumatismos, etc), no dia a dia de todos nós, podem ter um fim feliz com a intervenção correta que estes treinamentos trazem às crianças. Na realidade, posteriormente, elas atuam como disseminadoras das informações recebidas, compartilhando conhecimento. 

A Plateia: De que forma as crianças reagiram ao treinamento?
Cynthia Godinho: Positivamente, sentindo-se prestigiadas e merecendo a confiança dos professores e diretores que acreditam que eles podem e têm condições de serem peças-chave em acidentes que podem ocorrer até mesmo no ambiente do colégio.

O colégio já mantém, há algum tempo, equipe de alunos com treinamento na “Cruz Roja”, e que atuam em ocorrências no ambiente escolar.

Entretanto, esta iniciativa possibilitou a dissiminação do conhecimento, que com certeza vai além dos muros escolares. 

A Plateia: A partir deste treinamento, a senhora acredita que o seu filho possa ajudar alguma pessoa, em caso de emergência?
Cynthia Godinho: Com certeza. Inclusive, com eles mesmos, como no exemplo de como agir em caso de queimadura ou de traumatismo. A primeira reação poderá determinar o sucesso no atendimento médico de emergência. Até mesmo a informação, dada pelo médico, de que eles “devem” saber de cor o telefone de emergência. Isto pode salvar a vida de um ente querido deles. 

A Plateia: Qual sua mensagem para as outras instituições de ensino, principalmente no Brasil?
Cynthia Godinho: Acredito que toda boa iniciativa, como esta da Movilcor, que se dispõe a levar seus colaboradores e sua estrutura até o ambiente escolar e, de uma forma simples e contagiante, explanar sobre uma assunto tão importante, sem qualquer custo para a instituição, deve ser aproveitado. Além do mais, são situações como esta que contribuem na formação de cidadãos e seres humanos melhores. 

Direção da escola

A diretora do educandário, Victoria Decurnex, destacou, em espanhol, que “todos los años la institución realiza talleres para nuestro cuerpo docente, con el afán de seguir instruyendolo en el área de primeros auxilios. Este año el abordaje fue apuntado a los alumnos ya que han sido muchas las anécdotas de que ninos muy pequeños pudieron salvar vidas por saber que hacer en situaciones limites. Capacitar y educar a un niño para actúe en situaciones limites no es tarea de un día, es un proceso de varias instancias de aprendizaje. Es importante acercar estas primeras herramientas, como forma de darles seguridad a la hora de enfrentarse a situaciones de emergência”. 

por JORGE FLORES
jorgeflores@jornalaplateia.com

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