Professora participa do Programa Missão Pedagógica no Parlamento

Educadora da Escola Hector Acosta passou cerca de 10 dias em Brasília, apresentando projeto de intercâmbio cultural 

Professora Tatiana Sosa, da Escola Hector Acosta, esteve em Brasília representando a cidade

Aconteceu, entre os dias 20 e 24 de agosto, na capital federal, Brasília, o encontro do Programa Missão Pedagógica no Parlamento. Professores atuantes no Ensino Fundamental e/ou médio tiveram de apresentar relato de uma experiência pedagógica na qual tenham abordado os temas de democracia, cidadania, política e Poder Legislativo, com seus alunos.

O principal objetivo do programa é oferecer aos professores formação em educação para a democracia. Recebendo o convite da Câmara dos Deputados, a diretoria da Escola Estadual Hector Acosta decidiu participar do programa enviando o projeto desenvolvido pelas professoras das línguas estrangeiras inglês e espanhol, entre elas a professora Tatiana Sosa, com o projeto “Intercâmbio Cultural”, desenvolvido com base na realidade das cidades de Fronteira, em que o contato e o relacionamento com a cultura de outro país é muito forte.

Ao todo, 54 professores de todo o Brasil foram selecionados para participar de uma intensa semana de formação. Na capital brasileira, os educadores tiveram a oportunidade de aprender e socializar saberes e práticas sobre como fazer da escola um espaço privilegiado para a vivência de experiências e valores democráticos e para o fortalecimento da cidadania. O programa é dividido em três módulos, dois deles a distância. Dos 54 professores, apenas dois são gaúchos, e a única representante da cidade de Livramento foi a professora Tatiana.

Projeto Intercâmbio Cultural

Desde 2008, o projeto é desenvolvido dentro da escola, com o objetivo de mostrar aos alunos a cultura da Região Sul, principalmente da Fronteira, onde a mistura dos povos é muito particular.

Outro aspecto importante levantado pela professora Tatiana é que o projeto possibilitou a interdisciplinaridade das matérias, pois é um projeto realizado nas disciplinas de inglês e espanhol, mas que também abrange outras, como geografia e história, além da Língua Portuguesa. Participam do projeto alunos dos primeiros anos do Ensino Médio. “Antes de tudo, o projeto se baseou na troca de experiências por cartas, e logo após, um contato entre as realidades, quando os alunos visitaram as escolas do Uruguai, participando de aulas. É um projeto de zona de fronteira, investindo nas relações existentes aqui”, explica a professora.

Segundo a professora, nessa viagem, ela e os outros professores puderam conhecer a realidade do Parlamento e os projetos desenvolvidos dentro da instituição. “A visita serviu para tirar a ideia de que lá não se faz nada. Não é bem assim, alguma coisa é feita”, enfatiza. 

54 professores de todo o País foram selecionados para participar do programa

Controvérsia

A diretora destaca uma controvérsia existente entre a avaliação da qualidade da educação. “Nós tiramos uma nota bem baixa no Ideb, e isso prova que nem sempre a menor nota reflete a realidade da escola. Reflete apenas um momento”, frisou Giovana Cantareli.

Segundo a diretora, há alunos que se recusam a participar da prova, que não é obrigatória. “Naquele momento, o aluno que não faz a prova prejudica a avaliação do trabalho da escola”, destaca.

De acordo com Tatiana Sosa, durante as palestras no parlamento, o assunto da Prova Brasil e a avaliação do Ideb foi tratado, todos concordando que a avaliação, por muitos fatores, não corresponde à realidade do dia a dia escolar.

Dia 31, os alunos e a professora de língua estrangeira viajaram até a cidade de Salto, no Uruguai, para dar continuidade ao projeto de intercâmbio cultural.

O Programa Missão Pedagógica no Parlamento tem como objetivos criar uma rede nacional de professores sensibilizados para a importância de inserir a democracia nas práticas pedagógicas das escolas brasileiras; fornecer aos professores subsídios didáticos que contribuam para a inserção de temas relativos à democracia e à cidadania no cotidiano escolar, bem como criar um banco de projetos pedagógicos na área da educação para democracia, a ser disponibilizado para a sociedade; contribuindo também para o fortalecimento da imagem institucional da Câmara dos Deputados como guardiã e defensora da democracia brasileira.

 

Notícias Relacionadas

Os comentários são moderados. Para serem aceitos o cadastro do usuário deve estar completo. Não serão publicados textos ofensivos. A empresa jornalística não se responsabiliza pelas manifestações dos internautas.

Deixe uma resposta

Você deve estar Logando para postar um comentário.