Atividade no centro beneficente Maria Abegahir marca participação da entidade na “Semana da Alimentação”
Mães e moradoras da comunidade local foram orientadas pela nutricionista Sandra Cunha e pela extensionista da Emater, Graciela Meller, sobre a inserção de alimentos ricos em ferro na rotina diária da família
A partir da direita: Graciela Meller e Sandra Cunha, junto das mulheres participantes da oficina
Como parte da atividade denominada Semana da Alimentação, que está desenvolvendo diversas oficinas, e que deve ter suas atividades finalizadas no dia 16 de outubro, data que marca o Dia Mundial da Alimentação, a nutricionista Sandra Cunha – nutricionista da Secretaria Municipal de Saúde e também da Secretaria Estadual de Saúde, e Graciela Meller, Extensionista da Emater – realizaram uma atividade na cozinha do Centro Beneficente Maria Abegahir. A primeira oficina aconteceu em junho, na Conferência São Vicente de Paulo, e já foram realizadas outras. Esta semana, a entidade beneficiada com a oficina foi o Centro Beneficente Maria Abegahir, e posteriormente serão realizadas outras oficinas, inclusive na zona rural da cidade.
Níveis de ferro
Conforme a nutricionista, existe uma grande preocupação com o baixo nível de ferro na composição orgânica das pessoas. “Uma das maiores preocupações em todo o país na atualidade é com a anemia ferropriva, que é a falta de ferro no organismo, principalmente com crianças, gestantes e idosos. Então, realizamos este trabalho tentando conscientizar principalmente as mães sobre a inserção de alimentos ricos em ferro na alimentação, que são fígado, rim e moela, e usar sempre com os alimentos ricos em ferro um suco de vitamina C, encontrado em frutas como bergamota, limão, laranja entre outros, para que esta vitamina colabore para que o ferro seja absorvido mais rapidamente pelo organismo.
Orientamos também para que quando seja feito um almoço com cardápio rico em ferro, as mães não deem logo em seguida o leite ou alguma sobremesa que contenha leite, porque o cálcio é antagônico ao ferro, e se houver alguma sobremesa láctea, esse cálcio não deixará o ferro ser absorvido pelo organismo”, destaca a nutricionista.
Alimentos enriquecidos com ferro
Apesar da adversidade do leite com o ferro, existe a possibilidade de se encontrar leite enriquecido com ferro, assim como existe a farinha enriquecida com ácido fólico e ferro. “Essa é uma lei da Vigilância Sanitária e ela é responsável pela fiscalização destes produtos. Apesar disso, dificilmente o cliente consegue visualizar a descrição destes componentes, porque ela fica escondida no produto”, descreve. Entre os alimentos que podem ser inseridos na alimentação diária das famílias estão, além do leite e farinha enriquecidos em ferro, o açúcar mascavo em substituição ao branco, o melado de cana, que é altamente rico em ferro, mas que raramente as pessoas usam. Entre os produtos recomendados pela nutricionista em cada uma das oficinas realizadas, estão o fígado bovino, que tem preço acessível, e os miúdos da galinha, como moela e fígado. A moela, citada como exemplo, pode ser adicionada ao feijão, depois de liquidificada. “Ela se desmancha e é absorvida pelo caldo de feijão e as crianças que têm maior resistência aos alimentos, praticamente comem sem saber que estão consumindo os miúdos de frango”, completa.
Atividade marcada
No dia 16 de outubro, para comemorar a data, acontece uma série de atividades durante todo o dia. Na parte da manhã, na praça General Osório, e à tarde, na Conferência São Vicente de Paulo, com a oficina “Rico em ferro”.
LEONARDO SILVEIRA
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