Alunos da Escola Paulo Freire participam de Oficina de Libras

De acordo com a professora, interesse em aprender a nova língua partiu dos próprios estudantes 

Professora Vanessa (2ª da esq. para a dir.) com os alunos fazendo o sinal de “amo você”

Durante a Feira das Ciências da Escola Municipal Paulo Freire, que aconteceu na última semana, uma das oficinas que mais encantou e surpreendeu os alunos foi a Oficina de Libras (Língua Brasileira de Sinais), a segunda língua oficial de nosso País. “Muito se fala em inclusão, mas poucas são as ações que trabalham sobre o assunto com alunos de salas regulares”, relata a professora Vanessa Vargas, responsável pela oficina.

A ideia do projeto surgiu quando a professora, pós-graduanda em Libras, percebeu o interesse e curiosidade dos alunos sobre o tema, pois faziam constantes perguntas a respeito. E a iniciativa teve o aval da direção da instituição. “A Direção da escola deu total apoio ao projeto, uma vez que é enriquecedor para o desenvolvimento dos alunos saberem lidar com as diversidades, não somente dentro da sala de aula, mas também na sociedade”, observa a diretora Eliana de Leon Santana.

As oficinas foram organizadas juntamente com os alunos, de 6ª, 7ª e 8ª séries, e abordavam desde o alfabeto datilológico (também chamado de Alfabeto Manual) até os sinais mais básicos, como cumprimentos, dias da semana, cores, entre outros.

Os alunos apresentaram aos colegas o que aprenderam sobre Libras, como o alfabeto e os numerais

Durante as duas semanas que antecederam a realização da feira, os alunos também conheceram informações mais teóricas sobre o assunto, como o uso errôneo do termo surdo-mudo. “Mudo é quem tem algum problema nos órgãos fonadores, o que não é o caso dos surdos. Os surdos não falam porque não ouvem e não sabem como repetir”, explica a professora.

De acordo com a professora, quando começaram a aprender, os alunos queriam saber o sinal de tudo o que encontravam na escola. “Além disso, eles iam de sala em sala ensinando os nomes das coisas para os professores e colegas. Foi bem diferente, porque a feira era aberta para a comunidade e as pessoas se interessaram, perguntavam coisas, tentavam fazer seus nomes e pediam ajuda para os alunos”, conta a professora Vanessa. 

A LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) é a língua materna dos surdos do Brasil. Possui sistema linguístico próprio de natureza visual-espacial, com estrutura gramatical própria. Como sugere o nome, portanto, a LIBRAS não é universal; é específica do nosso país e teve sua origem na Língua de Sinais Francesa, apesar de a Língua Portuguesa ter influenciado a construção lexical da Língua Brasileira de Sinais, mas apenas por meio de adaptações por serem línguas em contato.

 

Notícias Relacionadas

Os comentários são moderados. Para serem aceitos o cadastro do usuário deve estar completo. Não serão publicados textos ofensivos. A empresa jornalística não se responsabiliza pelas manifestações dos internautas.

Deixe uma resposta

Você deve estar Logando para postar um comentário.