Como lidar com as mudanças de escola

Especialistas dão dicas para a transição dos alunos

Especialistas indicam que é importante os pais acompanharem a transição do aluno

Está se aproximando o período de volta às aulas. Muitos alunos estão ansiosos para rever os amigos, os professores e para conhecer os novos alunos. Esses últimos, por sua vez, vivem na angústia de imaginar como será o ano em uma nova escola. A mudança – à primeira vista – deve ser vista como um processo de adaptação e receber total apoio dos pais.

Os fatores que motivam a mudança são os mais variados: troca de endereço, incompatibilidade da família com a proposta da escola, não adaptação da criança ao projeto escolar, entre outros. Segundo Gina Margarete Gonçalves, psicopedagoga, formada em Educação Infantil e Coordenação Pedagógica pela UFRGS e vice-diretora da Escola Municipal Prefeito João Souto Duarte, existem dois tipos de mudança. A primeira é conforme a faixa etária, quando as crianças saem de uma escola infantil, realizam a formatura, que é um fato significativo para elas, e iniciam no Ensino Fundamental – essa mudança é natural, todas as escolas preparam os alunos para isso. A segunda é quando eles trocam de escola já estando no Ensino Fundamental ou no 1° ano do Ensino Médio. “Essa tipo de mudança, dependendo do caso, se for mal estruturada e não houver um acompanhamento por parte dos pais, pode se tornar traumática”, destacou Gina.

O início de um novo ano letivo deve tomar toda a atenção necessária dos pais

Aos pais, cabe a percepção de que na vida acontecem diversas situações de adaptação, por isso, essa fase deve ser respeitada. “Existem alguns casos em que os pais trocam as crianças de escola com muita frequência, e isso pode prejudicá-la. O ideal é que quando for necessária a troca, ela seja realizada ao fim de um período, trimestre ou ano. Na nova escola, logo as crianças farão novos amigos”, salientou a psicopedagoga.

Apesar do sofrimento ser imensurável e variar de acordo com a faixa etária, os jovens tendem a sofrer mais. É nessa fase que os adolescentes formam grupos, que são fundamentais na construção de sua identidade e autonomia. Nesse período, acontece o fortalecimento dos laços com os amigos e, consequentemente, o rompimento das relações com os pais. “A mudança pode ser vista de uma forma benéfica, porque a vida é assim, nada é estático ou imóvel”, concluiu Gina.

- Algumas dicas para uma mudança menos traumática:

- Ficar ao lado (física e emocionalmente) dos filhos diante do novo;
- Ser verdadeiro e comunicar os reais fatores que levaram à decisão;
- Acompanhar os passos da mudança;
- Encorajar os filhos diante dos primeiros temores;
- Conversar com os professores e solicitar uma comunicação mais próxima;
- Perguntar sobre os desafios de cada dia;
- Ajudar nas primeiras tarefas, que podem parecer estranhas;
- No caso das crianças menores, propor um período de adaptação;
- Incentivar novas amizades;
- Não negligenciar as solicitações da escola, mas cumpri-las para a criança não ficar constrangida;
- Observar a cultura escolar e segui-la, para a criança não se sentir deslocada.

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