Custo da cesta básica em Livramento fica 9,45% mais cara no mês de julho

Assim como nas demais regiões brasileiras, o tomate foi de novo o grande vilão, com um aumento de 80% no seu preço em relação ao mês anterior

Os santanenses pagaram mais caro pela alimentação consumida no mês de julho e o reflexo pôde ser visível em corredores mais vazios em todos os supermercados da cidade. A conclusão se deu a partir da finalização de mais uma etapa da pesquisa mensal de

Donas de casa santanenses estão comprando cada vez menos tomate nas feiras

preços promovida pelos acadêmicos do Curso de Ciências Econômicas da Universidade Federal do Pampa, campus de Sant’Ana do Livramento. A cesta básica, de acordo com o estudo, ficou 9,45% mais cara em relação ao mês de junho, alta esta impulsionada por aquele que vem sendo considerado o grande vilão da economia: o tomate. Ele é o responsável pelo aumento expressivo no valor da cesta básica, e sua variação mensal foi de quase 80%. Fatores climáticos como chuvas e geadas são apontados como as causas para a redução da sua produção e o consequente aumento do preço. Além disso, segundo os pesquisadores, outros produtos que incidiram na elevação do valor da cesta básica foram o feijão (+5,97%), o café (+2,75%) e a banana (+8,03%). Já entre os produtos que apresentaram queda nos preços destaca-se a batata (-4,13%).

Ao todo, foram oito produtos que apresentaram elevação e quatro produtos que apresentaram diminuição, sendo o açúcar o único produto cujo preço se manteve estável. No mês de julho, o valor total da cesta básica em Sant’Ana do Livramento foi de R$ 251,01 (duzentos e cinquenta e um reais e um centavo), R$ 21,69 (vinte e um reais e sessenta e nove centavos) mais cara do que a mesma cesta, com os mesmos produtos, vendida no mês de junho de 2012.

“Desta maneira, podemos afirmar que um trabalhador santanense remunerado com o salário mínimo de R$ 622,00 (correspondente a 220 horas mensais) necessitou de 88 horas e 46 minutos para adquirir a cesta básica. Como pôde ser verificado, foram necessárias mais de 7 horas adicionais, em relação a junho, para adquirir a mesma cesta de mercadorias. Como sempre, agradecemos a valiosa colaboração dos proprietários dos estabelecimentos comerciais de gêneros alimentícios que nos brindam toda a informação necessária para a construção do índice da cesta básica. Da mesma maneira, destacamos o trabalho voluntário efetuado pelos acadêmicos Janice Ocaña, Patrícia Friolim, Ana Alzira Mendes e Dionara da Silva e Gederson Gogia”, finalizou Carlos Hernán Rodas Céspedes, Professor e Coordenador do Projeto.

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