Sonho adiado!

Rompimento de contrato entre Caixa Federal e empresa que estava à frente das obras deverá adiar entrega das 218 casas do projeto Minha Casa Minha Vida

Pessoas que estão na lista de espera pelos imóveis devem ficar tranquilas, pois os imóveis serão entregues em alguns meses

Depois de rompido o contrato com a empresa que estava executando as obras de edificação da primeira etapa do Loteamento Vila Nova, projeto que deve ter 218 casas, além de estrutura de campo de futebol sete, centro comunitário, calçamento e rede de água e esgoto, a gerência da Caixa parte agora para a busca de uma empresa que conclua esta parte do projeto, que está com 87% da sua construção concluída e tenha condições de abraçar a segunda fase do projeto, quando novas casas devem ser construídas.

 

Para Tiago Nene, gerente da Caixa em Sant’Ana do Livramento, a conclusão da obra será feita por uma construtora que deverá participar de um chamamento público, realizado pela instituição bancária. “Nós temos várias construtoras parceiras nesta região do Estado, para as quais iremos oferecer o serviço. A que tiver condições e a gente entender que pode terminar o serviço, iremos entregar o empreendimento, e temos intenção de que ela termine também o segundo módulo. Quem pegar o serviço, termina esse e começa o módulo dois do projeto”, destaca inicialmente.

O prazo de entrega, que já foi adiado por duas vezes, devido ao andamento da obra, ainda não foi confirmado pelo gerente, mas ele entende que quatro meses de serviço depois de contratada a empresa que concluirá esta fase do projeto, seja suficiente para que se chegue aos 100% do projeto nesta primeira fase. “Esperamos que em até dois meses, já tenhamos esta empresa contratada e trabalhando, mas ainda é cedo para precisar uma data de entrega dos imóveis. Temos a expectativa de que a obra seja retomada o quanto antes. Estamos cuidando com carinho de todo o processo”, completa. O rompimento de contrato com a empresa que era responsável pela obra não afeta os demais empreendimentos realizados pelo banco em parceira com outras empresas, uma vez que o loteamento era o único empreendimento realizado pela construtora destituída. Além disso, os demais empreendimentos da empresa não correspondem ao interesse da direção da Caixa, pois esta era a única parceria realizada entre as partes. “O contrato foi rompido em questão do atraso na obra e este rompimento estava previsto em contrato, caso ocorressem atrasos. Infelizmente, o ritmo não foi suficiente para que fossem concluídas as obras e o prazo acabou. Temos, atualmente, 87% das obras concluídas, apesar disso tem casas quase prontas e casas em fase inicial, mas na ideia geral faltam apenas 13% para que se encerre esta primeira fase do projeto”, destaca.

Segundo módulo

Serão construídas ainda mais 260 moradias e há a expectativa de que a empresa que pegue a conclusão desta fase, dê início à segunda etapa do empreendimento para que seja um trabalho feito totalmente pela mesma empresa, sem mais atrasos.

“As casas são de excelente qualidade, além das nossas expectativas”

Tiago Nene Gerente da Caixa

Imóveis ficarão sob vigilância para evitar tentativas de invasão

Caixa contratou empresa de vigilância para proteger local até o reinício das obras

A mesma empresa que realiza a vigilância da agência da Caixa está presente no local, para evitar invasões dos imóveis

Outra questão que desperta muito temor entre as pessoas que estão adquirindo imóveis no local, é o risco de invasão dos imóveis que estão quase concluídos. Porém, para esta questão, o gerente da Caixa destacou que foi contratada uma empresa de vigilância, a mesma que cuida das agências da instituição, para que esteja 24h no local para que não ocorram riscos de invasão dos imóveis. Ele aponta que são vigilantes treinados, com todo desembaraço legal para que possam atuar portando armamento. “Apesar disso, eles têm orientação de, em casos de tentativa de invasão, em um primeiro momento, conter as investidas e imediatamente contatar a autoridade competente, no caso, a Brigada Militar. Eles estão no local, são uma vigilância armada e com comunicação direta com a força militar. Para eles, ali é uma agência da Caixa, ninguém entra sem ser identificado, sem ser autorizado. Nem mesmo aquelas pessoas que são proprietárias de imóveis, sem uma prévia autorização, podem ingressar no local. Por outro lado, estas pessoas que estão adquirindo os imóveis podem ficar descansadas, pois o que é seu está seguro e a garantia de entrega é da Caixa”.

 

Continuidade

Para o gerente da Caixa, não há preferência por uma empresa de fora ou de dentro da cidade. “A minha preferência inicial é por uma empresa que termine os serviços, que termine as casas. Segundo ponto: se alguma empresa da cidade quiser se habilitar, pode buscar informações junto à agência. Temos que analisar se a empresa que vai pegar o serviço tem experiência no ramo, é feita uma análise, como foi feita com a primeira empresa, mas não contávamos com o atraso das obras. Se alguém se candidatar ao serviço, tem que dar garantias de que vai terminá-lo”, completa.

Ele afirma, ainda, que a Caixa não pode escolher a empresa, cabe à empresa escolher a Caixa para trabalhar. “Mas espero que seja uma construtora aqui da cidade, constituída aqui em Livramento, faturando, e de bom porte, que queira concluir este empreendimento”.

Palavras do gerente

Ao fim da entrevista, o gerente da Caixa Tiago Nene pediu um voto de confiança de todas aquelas pessoas que depositam nestes imóveis todos os seus sonhos, suas conquistas e seus desejos de um um futuro melhor. “O que eu diria para essas pessoas é que elas confiem na Caixa. Nós somos tão preocupados quanto elas com relação a isso, tratamos com muito carinho dessa situação e sabemos o que representa uma casa para uma pessoa. Isto está no nosso DNA e temos essa preocupação sim! Então, eu digo a elas que confiem no que estamos fazendo, porque estamos buscando o melhor, mais ou menos não nos serve. Por que a gente rompeu o contrato? Não é pela qualidade das casas, elas são muito boas mesmo! É pelo tempo, não tínhamos condições de deixar passar mais tempo, pois a cada dia que passava a gente não sabia mais o que iria acontecer, não sabíamos que dia iria terminar, então resolvemos romper o contrato. Mas eu peço que as pessoas confiem em nós, no trabalho que estamos fazendo, que estamos tratando tudo com muito carinho e com muita atenção. Isso faz parte do nosso compromisso com todos os nossos clientes”, finaliza o gerente da Caixa, Tiago Nene.

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2 Comentários

  1. XURECO

    Muito legal a preocupação dos gestores da Cef com a entrega e esperamos ver este pessoal morando, curtindo e felizes com suas moradias , parabéns Thiago pela condução dos negocios

  2. rafael pintos

    Mais uma vez a sociedade prejudicada…que lástima. Espero que a Empresa também seja ouvida, a verdade sempre tem que vir a tona, e a opinião pública esclareçida, mais do que recursos públicos, essas obras tem sido feitos com o suor do brasileiro trabalhador através de recursos do seu FGTS, portanto, além falhou e feio nessa questão, alias como tem ocorridos neste Programa em tudo que é lugar doPais. Até mesmo para estimularmos a partiçipação de empresas locais.precisamos ter os esclareçimentos sobre o porque, e as possíveis penalidades pelo não cumprimento de clásulas contratuais.

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