Partido busca os fatos verdadeiros

Cabral, presidente do PHS-RS, nega conversa com Claudio Milan e afirma não ter falado em qualquer cifra

Patricio Cabral, santanense, presidente do PHS do Rio Grande do Sul acionou comissão de ética contra Chico

A pergunta é óbvia, a resposta, uma incógnita. O presidente estadual do Partido Humanista de Solidariedade (PHS), Patrício Cabral, em Porto Alegre, contatado por telefone, afirmou que não teve qualquer contato com o presidente do PV, Claudio Milan. Disse, também, que estará levando o presidente da comissão provisória do PHS em Livramento, José Francisco Rodrigues, o Chico Camelô, à comissão de ética do partido. “Eu sei que existe uma briga ampla aí, com o Chico, que é o presidente e o Clovis Junior, que é o secretário. O partido foi colocado em uma situação muito ruim, pois o partido se pauta pelo humanismo, ou seja, o valor político do PHS é o ser humano. Ficou muito chato” – disse o presidente Patricio Cabral. “Proibimos qualquer tipo de aluguel de sigla, não estou falando que tenha sido, estou falando o que a minha gestão, juntamente com a executiva se propos a fazer: criar candidaturas para buscar o poder através da eleição” – pondera.

 

“Eu não tive contato pessoalmente com o presidente do PV ou o pré-candidato Clovis Clinger Junior. Eles integravam um grupo que teve contato com integrantes da nossa executiva, representantes de partidos que foram ouvidos em suas apresentações de propostas. Nós não excluímos, conversamos com todo mundo e definimos em conjunto o cenário do partido. O partido não tem dono, oriento sobre as decisões tomadas em grande grupo” – manifesta.

Sobre a ocorrência registrada por José Francisco Rodrigues Cabral, ele afirma que seu telefonema existiu, mas sobre a conversa com Claudio Milan (alegada por Rodrigues) nunca existiu. “Sobre os R$ 5 mil, fiquei sabendo na quinta-feira, após ouvir no rádio. Não sabia desse fato. Falei para meu presidente no telefonema sobre o partido, perguntei quantos candidatos a vereador teríamos no pleito e disse que eu achava muito estranho que o partido não tivesse. Ele informou que ninguém se apresentou para concorrer. Foram esses questionamentos que fiz ao meu presidente e, por outro lado, o secretário queria concorrer e já havia uma decisão interna sobre rumos do partido. Sobre os R$ 5 mil, de pronto montei uma comissão e avisei a comissão de ética para apurar os fatos e tomar os procedimentos necessários e cabíveis. Eu não informei valores e nunca estive com Milan. Essa questão de valores não falei. De prático e pronto, foi montada comissão e o partido vai se pronunciar tão logo sejam apurados os fatos. Com certeza, terá visita a Livramento e o presidente Chico vai ter que prestar alguns esclarecimentos nesse sentido, como também será ouvida a outra parte. Com relação à ocorrência, nossos advogados estão indo apurar os fatos, porque a gente não vai testemunhar algo que não seja verdadeiro” – concluiu.

MANIFESTAÇÃO DE MILAN

Claudio Milan, presidente do PV local

“Eu não sei de onde o Chico tirou isso”

O presidente do Partido Verde (PV), Claudio Milan, esteve no programa Conversa de Fim de Tarde, na RCC FM, na sexta-feira, onde, ao vivo, fez sua manifestação. Estes são alguns trechos pontuais da entrevista de Milan, que fez um retrospecto alusivo ao Movimento por Livramento, proposto pelo PV e formado no início do ano por oito partidos, entre os quais o PHS. “Em abril, o Chico (José Francisco Rodrigues) comunicou por escrito que, por decisão pessoal dele, estava saindo do Movimento e 24 horas depois que ele comunicou, por maioria dos membros da Executiva do PHS, encaminhado pelo Clovis (Clovis Junior), foi informado que a maioria da executiva permanecia no movimento e que iria honrar o compromisso firmado em cartório. Esse documento nós temos, está em Porto Alegre. O Clóvis, além de membro da executiva, é o único pré-candidato a vereador pelo PHS” – disse Milan. “Fui pego de surpresa, fico muito chateado, pois é uma baixaria política, muito desagradável. Tudo o que o Chico falou é inverdade. Nunca estive reunido com o presidente do PHS, Patrício Cabral, em Porto Alegre ou em qualquer lugar do mundo. Eu nunca falei com o Patrício que alguém do PHS, que o Chico ou alguém que estivesse filiado ao PHS tivesse pegado algum dinheiro. Como nunca falei de qualquer pessoa. Eu não sei de onde o Chico tirou isso” – disse ele. Milan disse que já conversou com seu advogado, Geovani Carminatti, e que tomaria as devidas providências. “A pessoa que fez essa acusação tem que ser responsabilizada” – afirma.

“Com relação ao Maciel (Cesar Maciel, presidente do DEM), com alguém que está tentando concorrer a prefeito de uma cidade, acho que ele não deveria tocar de ouvido. Sou bastante conhecido e ele poderia ter me procurado ou a alguém do partido e não dizer o que disse na declaração ao jornal” – diz. “Eu jamais fiz uma proposta indecorosa ou indecente a qualquer pessoa ou partido na minha vida política” – disse.

ENTENDA O CASO

José Francisco Rodrigues (Chico Camelô), presidente do PHS local, foi à Polícia Civil denunciar o presidente do PV, Claudio Milan. Disse que havia recebido um telefonema de Patricio Cabral (pres. PHS-RS) no qual foi informado que Milan, acompanhado de Clovis Junior (secretário do PHS local) teria dito a Cabral que Chico tinha recebido R$ 5 mil do presidente do DEM, Cesar Maciel, para apoiar este último, que é pré-candidato a prefeitura. A denúncia foi qualificada como injúria e deverá ser apurada pela Polícia e Ministério Público Eleitoral.

 

 

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