Agricultores do MST bloqueiam BR-158 e Estrada Robledo Braz, em Livramento

A mobilização local ocorreu de forma pacífica, durou cerca de seis horas e foi acompanhada por policiais da BM e PRF

Os manifestantes montaram barreiras com galhos, troncos de árvores e pneus ao longo dos dois trechos

Mais de 150 agricultores, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), ocuparam, na manhã de ontem (23), o km 566 da BR-158 no acesso à Estrada Robledo Braz, em Sant’Ana do Livramento, em protesto às reivindicações de cunho nacional a respeito de refinanciamento de dívidas dos pequenos agricultores.

 

A mobilização local, assim como em várias partes do Estado e do País, teve início por volta das 9h30, com o fechamento de ambas as rodovias- Federal e Estadual, ocasionando uma fila de veículos de cerca de 500 metros.

Os agricultores, empunhando bandeiras do MST, formaram barreiras com o auxílio de galhos e troncos de árvores, os quais foram posicionados juntamente com pneus de caminhões ao longo dos dois trechos, impedindo desta forma, em períodos de meia-hora, o trânsito nos dois sentidos das rodovias.

A movimentação do MST foi observada de perto por guarnições da Brigada Militar e pela Polícia Rodoviária Federal-PRF, que teve trabalho para organizar o trânsito que ficou congestionado por várias vezes.

Ainda pela manhã, o grupo tinha a intenção de reunir cerca de 400 assentados para juntos realizarem uma marcha até à Agência do Banco do Brasil, localizada na rua dos Andradas. Segundo as representantes estaduais do movimento em Livramento, Sandra Mendes e Adriana da Silva, a mobilização possivelmente se estenderia até as 16h. “As barreiras estão ocorrendo a cada meia-hora. Neste meio tempo, estamos liberando o fluxo de veículos. A expectativa é poder reunir o dobro de trabalhadores para seguir até o Banco do Brasil, assim como está sendo realizado em vários pontos do Estado e Brasil”.

Já pela parte da tarde, a mobilização não conseguiu aumentar o número de participantes, e após receberem a informação de que o Governo Federal estaria se reunindo com o Movimento em Brasília, às 17h, a mobilização foi desfeita, após uma assembleia às 15h30, realizada na própria rodovia.

Com este tipo de mobilização, o MST tenta uma resposta para solucionar a questão das dívidas dos pequenos agricultores, avaliadas em cerca de R$ 30 bilhões. As ações, segundo o movimento, fazem parte da Jornada Nacional de Lutas de agosto, e ocorrem simultaneamente em Brasília, onde o Ministério da Fazenda foi ocupado, bem como em outros 22 estados.

Ainda conforme informações fornecidas pelo próprio movimento, a jornada também exigia o assentamento imediato de 60 mil famílias acampadas e luta contra o fechamento das escolas no campo.

Mulheres coordenaram a manifestação

O movimento realizado em Livramento foi coordenado o tempo todo por três mulheres, as quais informavam a situação da mobilização em nível estadual e nacional. Sandra Mendes, coordenadora estadual do MST; Adriana da Silva, dirigente estadual do MST e Jocerlei dos Santos, coordenadora regional do MST, destacaram durante assembleia realizada na própria rodovia que o objetivo da mobilização tinha sido alcançado e anunciaram novos protestos para reivindicar questões municipais em Livramento.

Sandra Mendes, coordenadora estadual do MST

Adriana da Silva, dirigente estadual do MST

 

 

Jocerlei dos Santos, coordenadora regional do MST

Mobilização tomou tempo de condutores

A mobilização do MST em Livramento ocasionou, a cada meia hora, um congestionamento com vários veículos, os quais acabavam ficando parados em ambos os lados da BR-158 e Estrada Robledo Braz, até que as barreiras fossem removidas temporariamente, na manhã e tarde de ontem (23).

Em cada veículo, os condutores apresentavam suas preocupações pelo tempo parado, e classificavam, no seu ponto de vista, o propósito da manifestação dos agricultores.

João Paulo Reis, de 46 anos: “O movimento me parece bastante desorganizado, porque tirando as bandeiras, que caracterizam o MST, o restante não diz nada para as pessoas que estão paradas aqui. Eles não estão dizendo a razão desta mobilização”

 

José Luis Fraqueli, de 65 anos: “Na minha opinião, muito ruim, porque estou indo para Bagé resolver problemas particulares e estou parado. Se o movimento não consegue resolver suas pendências com o Governo Federal, possivelmente não consiga trancando o trânsito”.

 

Mário Melchior, de 40 anos: “Acho este tipo de mobilização errada, pois todos têm o direito de ir e vir. Quando alguém resolve fazer isso, ou seja, parar o trânsito, alguém estará perdendo dinheiro ou deixando de trabalhar”.

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4 Comentários

  1. Juh Kupper

    um bando de desocupados q nao tem oq fazer eo governo q financia p/eles andarem ai fazendu baderna atrapalhandu o transito nao plantao nada nem um pe d alface p/come cambada d desocupados.

  2. ailson senna

    O que estes baderneiros menos sao é agricultores, na maioria dos casos nao se ve um pé de alface na casa da maioria dos assentados, culpa do governo que financia essa classe de baderneiros.

  3. lacy duarte torres

    quem precisa de terra nao anda de carro trancando o caminho de quem trabalha com responsabilidade e horario para vir e ir para baderneiros cadeia e pouco ——————— .

  4. adriana

    acho o MST uma montoeira de anarquistas,que nao querem correr atras de trabalho e sim que o governo lhe de tudo de graça,sao pessoas que cobram direitos mas nao sabem seus deveres,em sua grande maioria sao oportunistas e gente totalmente sen noçao,querem terras nao para produzir e sim para revender, e mais adiante querem novas terras, , e asim vai em um ciclo vissioso……VAO PROCURAR OQ FASER,ERESPEITAR O DIREITO DE IR E VIR DE TODO O CIDADAO QUE PAGA SEUS IMPOSTOS.

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