Irmã Marlise Hendges visita a cidade
A Diretora-Geral da Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria conhece a comunidade das irmãs da congregação de Livramento
Irmã Marlise Hendges
O objetivo das visitas é levar o apoio para as irmãs, no sentido de unidade congregacional. “Somos como uma família, que está espalhada em oito países e quatorze estados do Brasil. Procuramos sempre manter os vínculos, através das visitas”, conta a irmã.
A principal meta da congregação é ser solidária na defesa e promoção da vida em fidelidade ao Reino de Deus. Apesar de a situação ser difícil em todas as comunidades, irmã Marlise lembra que existem locais como Moçambique. “Existem irmãs trabalhando no interior de Moçambique onde o padre vai uma vez por ano. Quando ele vai, faz todos os sacramentos (Batizado, Crisma, Casamento, Primeira Eucaristia). Tudo é feito naquele dia, porque é a única oportunidade que eles têm de o padre estar lá”, relata irmã Marlise.
A primeira tarefa das irmãs é ajudar as pessoas através da humanização, atendendo as necessidades humanas das pessoas. “Jesus era humano, ia ao encontro das pessoas, o trabalho dele era esse. Ele as atendia em suas necessidades básicas de saúde, de alimentação. Com isso, ele conquistou o povo para passar a mensagem do Evangelho de Deus”, explica. “Queremos ajudar para que o mundo seja mais humano, mais fraterno”, completa.
A Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria foi fundada por Bárbara Maix. Essa jovem fundou a congregação no Rio de Janeiro em 1849, sendo beatificada em Porto Alegre, no ano de 2010.
Irmã Marlise contou à reportagem de A Plateia que gostou muito de Sant’Ana do Livramento. “Fazia tempo que as irmãs vinham me convidando para vir. Chegando aqui, eu tive a oportunidade de conhecer o espaço de missão em que as irmãs atuam e pude perceber que o espaço corresponde ao nosso carisma, à nossa missão e objetivos, que é estar presente em locais mais carentes”, diz irmã Marlise, comentando a vastidão do campo de trabalho das irmãs em Livramento. Ainda sobre a cidade, a irmã comentou que o povo santanense é muito receptivo: “Recebi muito carinho e atenção dos santanenses, apesar de ter ficado apenas dois dias”, diz ela.
Vida
Nascida em uma família muito religiosa da cidade de Dois Irmãos, desde criança Irmã Marlise teve o desejo de ser irmã. “Trabalhei em um hospital dos 14 aos 21 anos, foi um tempo de ouro para mim. Eu era apaixonada pelo trabalho junto aos doentes e às pessoas sofridas. Nunca desejei outra coisa nem me arrependi, até hoje, de ter seguido esse caminho”, conta.
Aos 58 anos, irmã Marlise vive há 34 em comunidade. “Em Porto Alegre, vivemos em nove irmãs, que compõem o conselho geral”, diz. Ela fez curso de psicologia, filosofia, sociologia e mestrado em psicologia social, tudo isso para ajudar em sua missão.
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