Médicos dão seu parecer sobre o XVI Congresso Gaúcho de Gastroenterologia

A diversidade de origem dos profissionais da medicina que estiveram na cidade foi grande, mas a avaliação foi uma só: “Um belo evento”

Doutor Julio Lima

Foram três dias de muitos debates, palestras e vídeos, além da mostra de produtos médico-hospitalares e novidades na área farmacêutica. Mas a conclusão final de todos os envolvidos foi uma só: um belo evento, que tende a se repetir em breve.

Para o doutor Júlio Lima, um dos envolvidos com a organização do evento, e também palestrante, o evento realizado nesses três dias traz consigo uma nova marca, a realização, pela primeira vez aqui na cidade, do Congresso Gaúcho de Gastroenterologia e Endocospia. “É a primeira vez que este evento é realizado, não só aqui na cidade, mas na zona sul do Estado. Esse evento era realizado tradicionalmente em cidades como Porto Alegre, Caxias do Sul, Bento Gonçalves ou Gramado”, destaca. Para ele, o evento foi uma forma de prestigiar e tentar melhorar a qualidade médica da região, que considera boa. “O evento em si, considero muito bom, está movimentando a cidade. Temos aqui mais de 200 médicos, laboratórios e o evento é muito bom”. Sobre as novidades na área de gastro, o profissional destacou o rumo que as intervenções estão tomando. “A grande novidade tem sido os tratamentos minimamente invasivos. Por exemplo: Qual o procedimento mais realizado naqueles pacientes que têm pedra na vesícula ou no canal do fígado, inclusive aqui em Livramento? Este paciente acaba sendo operado. Atualmente, este processo é feito via oral, sem pontos. Pedra no canal do fígado não se opera mais, isso é feito por endoscopia. Os médicos daqui sabem disso, mas é difícil disponibilizar a técnica por questões econômicas, do convênio e uma série de outros fatores. A grande ênfase deste congresso é a aplicação de técnicas minimamente invasivas, mais seguras para o paciente”, completa o médico Julio Lima. Até mesmo um pequeno câncer de estômago pode ser retirado por endoscopia e o paciente terá um reestabelecimento mais rápido, pois dispensaria, inclusive, sua internação. Essas técnicas modernas existem e dedevem chegar ao interior do Estado. “Essa é uma tendência do mundo todo”, finaliza o médico.

Doutor Arthut Adolfo Parada

Vindo da capital paulista, o médico Arthur Adolfo Parada avaliou positivamente o evento, tanto no que se refere à infraestrutura oferecida, quanto ao nível das palestras realizadas durante os três dias de atividade. Para ele, a parte endoscópica dos trabalhos apresentados foi muito boa. Conferencista, o médico participou de várias atividades ao longo do congresso, como o curso ao vivo, no qual um motorista santanense passou por uma intervenção que foi transmitida aos presentes via vídeo. Para ele, a avaliação clínica e mesmo cirúrgica, com o avanço tecnológico, evidentemente tem um impacto no tratamento endoscópico e cirúrgico e na parte laboratorial, onde as novidades são constantes, todo o ano tem novidades, e nesta edição do evento a questão não foge à regra. “É impressionante como as situações evoluem, a têndência é de que as intervenções sejam cada vez menos invasivas e a cirurgia tradicional passe a ser substituída pela laparocospia. Em várias áreas a cirurgia está sendo substituída por procedimentos endoscópicos ou mesmo terepêuticos. Mas o que acontece paralelamente a isso é que os procedimentos melhoram, o número de casos diagnosticados aumenta e os procedimentos também. O que acontece é que a gente diagnostica muito mais patologias em fases iniciais e os procedimentos terapêuticos são menos invasivos”, conclui.

LEONARDO SILVEIRA

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