Paralisação dos professores das universidades federais chega ao 13° dia

Sem previsão para o reinício das aulas, os docentes esperam por novas definições que somente se darão a partir dos encontros entre o comando geral de greve e o governo federal  

Professores da Unipampa em Livramento permaneceram, durante a manhã de ontem, em vigília na frente do campus

Já são treze dias, completados nesta quarta-feira, da greve dos professores ligados às universidades federais espalhadas por todo o País. Para o professor Renatho José da Costa, integrante do comando de greve junto ao campus da Unipampa em Livramento, a paralisação foi chamada pelo comando nacional e, desde o dia 17 de maio, várias outras universidades estão paralisando as sua atividades. “Hoje, são aproximadamente 44 universidades que estão paralisadas. Aqui no Rio Grande do Sul, somente a Ufrgs e uma ou outra universidade no país não estão paralisadas”, disse Renatho. Para o professor, a perspectiva é saber como o governo vai pensar a educação de agora em diante. “Para manter um quadro de professores qualificados, é preciso investir. Hoje, não se tem a atração de tantos profissionais. Hoje, não adianta ampliar a quantidade de universidades, sem que se dê suporte e estrutura para isso”, frisou. Uma reunião, prevista para acontecer na última segunda-feira, entre o comando nacional de greve e o governo federal, foi desmarcada e somente deverá acontecer daqui a duas semanas. “A partir de agora, tanto o comando geral de greve, quanto os comandos locais, irão realizar atividades para que as pessoas entendam que este é um movimento reivindicatório da sociedade”, disse. A paralisação dos docentes da Unipampa conta com o apoio dos técnicos e servidores, que deverão entrar em greve no próximo mês, além de boa parte dos alunos.

“Este é um movimento reivindicatório que não pertence apenas aos professores das universidades federais, no nosso caso, da Unipampa. Este movimento pertence à toda a sociedade, que precisa ter uma eduação de qualidade. Não adianta apenas expandir a quantidade de instituições. É preciso dar toda a estrutura necessária para que as coisas aconteçam”. Renatho José Da Costa, professor da Universidade Federal do Pampa em Sant’Ana do Livramento.

O movimento tem a importância de um processo histórico, que tem se consolidado em todos os setores da educação. Temos observado que o governo tem tentado expandir a educação, o que é positivo, mas ao mesmo tempo não estamos conseguindo traduzir essa abertura de vagas com qualidade de ensino. Investimento em educação não é investimento em bolsas de estudo para o exterior. Precisamos, no futuro, termos orgulho em receber pesquisadores de outros países que queiram vir para cá.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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