Greve de três dias paralisa escolas também em Sant’Ana do Livramento e região

A cidade registra pelo menos cinco escolas fechadas e outras onde os professores e funcionários aderiram parcialmente ao movimento

Alunos de pelo menos cinco escolas não tiveram aulas ontem, e somente retornarão ao ritmo normal das atividades na próxima sexta-feira

Foi uma terça-feira considerada diferente em algumas escolas da rede púbica de ensino de Sant’Ana do Livramento. A ausência de professores, em algumas salas de aula, em função da paralisação, fez com que muitos corredores ficassem mais silenciosos, sem os passos apressados dos alunos, ou o normal abrir e fechar de portas em cada troca de período.

Em Livramento, pelo menos cinco escolas fecharam as portas, onde nenhum aluno teve aula. Outras aderiram ao movimento de forma parcial, e há, segundo levantamento preliminar, pelo menos três educandários que prosseguem com as atividades normalmente. Segundo a coordenadora da 19ª CRE – Coordenadoria Regional de Educação, os três dias de paralisação deverão ser compensados com aulas aos sábados, por aqueles professores que aderiram ao movimento paredista. Para esta quarta-feira, está previsto um ato na frente da 19ª CRE, quando os professores deverão apresentar as demandas que estão inseridas na pauta de reivindicações.

Em Porto Alegre, mais de quatro mil trabalhadores estaduais da educação participaram da caminhada e do ato público organizados pelo CPERS/Sindicato, na tarde de ontem. A manifestação foi a principal atividade do primeiro dia da greve, pelo cumprimento da lei do piso e contra o desmonte da educação pública no Rio Grande do Sul. Segundo informações dos núcleos do sindicato, distribuídos em todas as regiões do Estado, 80% das escolas da rede estadual paralisaram as atividades neste primeiro dia.

Na manifestação de ontem, em Porto Alegre, depois de se concentrarem em frente ao sindicato, os educadores seguiram, em caminhada, em direção à praça da Matriz. Com a praça tomada pela categoria, o sindicato denunciou a reforma do ensino médio, voltada a formar mão de obra barata para o mercado de trabalho, e a aprovação automática, instituída pelo governo do Estado para mascarar, segundo a direção do Cpers, os dados do ensino básico.

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