Frente pelo Fim da Violência contra a Mulher realiza sua primeira reunião

Coordenação será do vereador Glauber Lima e instituições serão convidadas para compor grupo de trabalho

Frente pluripartidária: Lídio Mendes, Glauber Lima, Edu Olivera e Batista Conceição

Está constituída, na Câmara de Vereadores, a Frente Parlamentar de Homens pelo Fim da Violência Contra a Mulher. Os parlamentares, nomeados por decreto legislativo que instituiu essa proposta do vereador Glauber Lima (PT), reuniram-se pela primeira vez esta semana. No plenário João Goulart, além do proponente, Edu Olivera (PSD), Batista Conceição (PSB) e Lídio Mendes (PTB) definiram a data da reunião do grupo de trabalho que irá assessorar a Frente Parlamentar, bem como as primeiras instituições que serão convidadas para integrá-lo.

A coordenação será do próprio Glauber Lima, tendo como adjunto Edu Olivera. A primeira reunião do grupo de trabalho ocorrerá na terça-feira, dia 29 de maio, às 18h30, no plenário da Câmara de Vereadores. A reunião será aberta à comunidade.

Os integrantes acordaram convidar representações da Polícia Civil, Defensoria Pública, Coordenadoria Municipal da Mulher, Ministério Público, Judiciário e Conselho Municipal da Mulher para formar o Grupo de Trabalho, cuja tarefa será planejar ações da Frente como palestras, audiências públicas, visitas e seminários.

Glauber Lima destacou que os números de violência contra as mulheres são impressionantes. De acordo com a Organização Mundial da Saúde – OMS, quase metade das mulheres assassinadas são mortas pelo marido ou namorado, atual ou ex.

“Pelo menos uma em cada três mulheres apanham, são violentadas ou forçadas a manter relações sexuais em algum momento de sua vida” – comentou.

Ainda de acordo com o legislador petista, no Brasil, uma mulher é espancada a cada 15 segundos. Na Inglaterra, por semana, duas mulheres são mortas pelos seus parceiros. No Egito, 35% dizem ter apanhado do marido. Na África do Sul, 147 mulheres são estupradas todos os dias. Na França, 25 mil mulheres são violentadas a cada ano. Nos Estados Unidos, uma é estuprada a cada 90 segundos.

“Aqui em Livramento, os números também são expressivos, mesmo sabendo que mais da metade das mulheres agredidas relutam em denunciar seus agressores em razão de fatores econômicos e afetivos, especialmente em relação aos filhos. Na verdade, a cultura do machismo ainda é muito arraigada em nossa sociedade, o que faz com que muitos homens queiram resolver os conflitos de relacionamento com as mulheres, agredindo-as. Por isso, a necessidade de focar nosso trabalho nos homens, para que possamos conscientizá-los e fazê-los compreender que não se resolve conflitos interpessoais com violência e que a mulher não é um objeto, mas um sujeito social, portadora de direitos que devem ser assegurados pelo conjunto da sociedade. Nós, homens não agressores, que exercemos hoje uma representação política, estamos fazendo a nossa parte. Esperamos que cada entidade, instituição e sujeitos, individualmente, façam a sua” – afirmou Glauber.

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