Quarta-feira, 16 de maio de 2012
Fechando o cerco, abrindo a fronteira
Duda Pinto participou da reunião entre a senadora Ana Amélia e o embaixador Victor Govato
A necessidade de uma solução para a logística de transporte aéreo entre Livramento e os principais centros é uma condição indiscutível para o desenvolvimento de uma série de investimentos no município. O jornalista Duda Pinto é um dos que têm esse entendimento e não perde chance para expressar seu ponto de vista e tentar sensibilizar as lideranças para esse aspecto. No sábado passado, a convite da senadora Ana Amélia Lemos, ele a acompanhou em reunião com o embaixador Victor Govato, na qual foram discutidos problemas da comunidade fronteiriça. A ideia de transformar o aeroporto de Rivera em binacional, óbvio, voltou à baila, defendida pelo Duda, e embasou o pronunciamento que a Senadora fez na segunda-feira, na tribuna do Senado Federal. Enquanto isso, em reunião realizada quinta-feira passada, dia 10, na Secretaria de Infraestrutura e Logística do Estado, em Porto Alegre, o vereador do PSB, João Batista Conceição, conversou com o Diretor do Departamento Aeroportuário, Roberto Barbosa de Carvalho Netto, solicitando apoio para o retorno dos voos entre a Fronteira e a capital gaúcha. Carvalho Netto entregou a ele cópia do acordo entre o governo brasileiro e a Direção Nacional de Aviação Civil e Infraestrutura Aeronáutica do Uruguai, com data de 26 de janeiro de 2007, prevendo a utilização do Aeroporto de Rivera e considerando esses voos como domésticos, quando se tratar de empresa brasileira. É bom lembrar que a taxa de embarque é de apenas US$ 4,00, para voos domésticos.
Batista recebeu cópia de acordo entre o Brasil e o Uruguai para uso do aeroporto de Rivera
Tomara
A relação da comunidade com o festival Um Canto para Martin Fierro parece ter entrado em “stand by”. Quando se poderia imaginar, alguns anos atrás, que a menos de 48 horas do início desse grande espetáculo cultural – que neste ano deverá trazer à Fronteira, inclusive, um nome de grande expressão na história musical regionalista do Brasil, como Sérgio Reis – praticamente nenhuma movimentação de público se veria em torno do evento? Mesmo sem a cobrança de ingresso em dinheiro, a organização poderá sofrer o impacto da demora na definição dessa 12ª edição do festival. Tomara que os fronteiriços prestigiem a festa.
Parece fácil
Ainda que a demora na liberação dos recursos por parte do Governo Federal, para o início do processo de contratação de serviços de sonorização, de estrutura de palco, de iluminação, de segurança, enfim – sem falar na divulgação -, venha a ser usada como justificativa para que a Administração Municipal dispense a realização de licitação para garantir as contratações a tempo dessa 12ª edição do Festival de Fronteira Um Canto para Martin Fierro, não é preciso ser vidente para saber: vai haver apontamento do Tribunal de Contas para o Prefeito Municipal, por causa disso. Quando se trata de dinheiro público, o mais fácil dificilmente é o mais correto.
Barreira histórica
Deu ontem na coluna de Rogério Mendelsky: a proposta da senadora Ana Amélia Lemos, de coligação com o PCdoB apresentando uma candidatura de vice-prefeito na chapa de Manuela D’Ávila, em Porto Alegre, causou estremecimentos no PP da capital, que jamais imaginou tal possibilidade. Segundo Mendeslky, se houver decisão a favor da aliança, é bem provável que se abra uma facção independente no PP de Porto Alegre, em um primeiro momento, e em nível de Estado, para 2014. Isso, na verdade, é reflexo de uma característica cultural da base da militância progressista, que só muda mesmo nas instâncias partidárias superiores, o que justifica o alinhamento em nível federal. Também em Livramento, por exemplo, foi a reação contrária dos mais “antigos” que bloqueou um possível entendimento do PP com o PT, de Glauber Lima.
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