Dona de casa espera resposta para evitar perda total da visão por catarata

Na fila do atendimento, Fátima Peres diz que problema se agravou, e visão do olho esquerdo, já comprometida, afeta fortemente a visão do olho direito

A dona de casa Fátima Peres espera por uma resposta rápida para não ficar completamente sem visão

A vida é realmente uma grande caixa de surpresas. Enquanto alguns sonham na possibilidade de adquirir coisas novas e que lhes deem muito prazer, como roupas, calçados e viagens, outros sonham em ter apenas o privilégio de enxergar. Para a dona de casa Fátima Terezinha Peres, 42 anos, moradora da vila Cruzeiro, na periferia da cidade, os últimos sete meses têm sido de grande angústia, apreensão e incertezas. “Meu dia a dia tem sido complicado. Antes de aparecer esse problema, minha vida era maravilhosa. Eu podia fazer tudo dentro da minha casa. Agora, dependo da ajuda dos meus filhos”, disse a dona de casa, que já perdeu completamente a visão do olho esquerdo, em função de uma catarata, e está quase perdendo a visão do olho direito. Segundo a dona de casa, há trinta dias uma nova consulta aconteceu, e desde lá nenhuma resposta foi dada sobre prazos para fazer uma cirurgia, se for o caso, ou outro tratamento. “Na consulta que tive em março, a médica me disse que este problema eu já tinha há muitos anos. Me disseram que eu esperasse que os exames fossem marcados e que avisariam a minha filha. Isso já faz um mês, mas não me disseram quando eu faria esses exames. Eles apenas me informaram que me telefonariam. Eu não estou fazendo nenhum tratamento e estou apenas com a recomendação de esperar que marquem os novos exames”, disse ela, ao reclamar que não consegue mais enxergar os rostos dos familiares.

Fátima Peres, que vive na residência junto com o marido e uma filha pequena, conta que algumas coisas práticas e básicas do cotidiano, como assistir televisão, já não podem mais ser feitas. “Estou esperando para ver como é que vai ficar essa situação, mas espero, sinceramente, que isso se resolva o mais rápido possível. Meu marido teve uma esquemia e não conseguiu se aposentar. Estamos dependendo apenas da ajuda dos nossos filhos mais velhos”, contou ela, que lembrou de um caso na família, o de sua avó, que apresentou um quadro de catarata quase aos cem anos de idade.

Fátima Peres conta que o problema se agravou nos últimos trinta dias. “Eu enxergava já com dificuldade, mas nesse mês piorou. Sinto falta de poder enxergar e levar uma vida normal, como sempre levei”, desabafou.

Solução

No início da noite de ontem, o secretário de Saúde de Sant’Ana do Livramento, Valmir Silveira, atendeu a reportagem de A Plateia, por telefone, e disse que vai buscar informações completas sobre o caso já na manhã desta terça-feira. Valmir Silveira disse que somente depois de esclarecer a real situação da dona de casa, irá fazer alguma manifestação informando quais procedimentos serão adotados.

Cleizer Maciel
cleizermaciel@jornalaplateia.com

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