Direção local do Cpers se manifesta contra a decisão da Assembleia Legislativa do RS

Aprovação do aumento de 23,5% no salário da categoria pode motivar outras ações do Sindicato em todo o Estado. Professores ainda não descartaram a possibilidade de greve

“O espetáculo proporcionado pelo governo Estadual, reafirma nossa posição de que o atual governo traiu os educadores. Chegamos a pensar que a Assembleia Legislativa agiu de forma inconstitucional. A AL, aprova um reajuste contrário ao que diz a Lei, e isso de certa forma é ilegal. Certamente o Sindicato irá se pronunciar através de sua assessoria jurídica. Estamos manifestando o nosso repúdio a esse governo e a bancada de lhe dá sustentação. Estamos em estado de greve e provavelmente seja chamada uma assembleia par determinar que rumos o movimento vai seguir agora”. As afirmações foram feitas em entrevista ao jornal A Plateia um dia depois da votação que aprovou o reajuste de 23,51%, em três parcelas. Para os integrantes da direção do 23° Núcleo do Cpers em Sant’Ana do Livramento, Maria Celina Cardozo, Adriana De León, Francisco Argiles e Juca Sampaio. Para eles, a decisão do governo do Rio Grande Sul fere direitos da categoria que luta para que a educação melhore. “O que queremos não é a migalha do Governo. Queremos apenas que o Estado cumpra a Lei”, disse Adriana De León. Para o tesoureiro do 23° Núcleo do Cpers, o rombo que irá ficar para pagar os altos salários, deverá provocar um grande rombo na economia gaúcha. “Onde está a independência da Assembleia gaúcha que vota o projeto tal qual ele vem ? Onde está a Assembleia sensível ?”, questiona Maria Celina Martinez, conselheira do Cpers. De acordo com ela, a direção do Cperes tem a consciência de ter agido da forma correta. “Vamos seguir na luta porque sabemos que estamos no caminho certo. Não precisamos ter vergonha porque estamos em um regime democrático. O que temos que deixar claro aqui é que este governo se afasta da verdade”, afirmou Juca Sampaio.

Por Cleizer Maciel
cleizermaciel@jornalaplateia.com

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