Solenidade marca assunção de novo Juiz Criminal na Comarca de Livramento

Solenidade de posse ocorre nesta manhã (16), no Salão do Júri, no Fórum de Livramento

Magistrado Gildo Adagir Meneghello ficará atuando no lugar ocupado até então pelo juiz Frederico Menegaz Conrado

Toma posse nesta sexta-feira (16), como titular da Vara Criminal da Comarca de Sant’Ana do Livramento, o juiz Gildo Adagir Meneghello, o qual ficará atuando no lugar ocupado até então pelo juiz Frederico Menegaz Conrado, que assumiu recentemente a 3ª Vara Civil.

A solenidade de assunção terá início às 10h, no Salão do Júri, do Fórum local, localizado na rua Barão do Triunfo e contará com a presença de autoridades e demais convidados, principalmente da Justiça Estadual.

O magistrado Gildo Adagir Meneghello é natural de Santa Maria e graduado na Universidade Federal de Santa Maria – UFSM. Fez sua pós–graduação em Cooperação Jurisdicional Internacional pela Universidade Federal do Paraná.

Entrevista

Durante entrevista, destacou que em Livramento pretende, ao longo de seu trabalho, buscar identificar problemas e obter soluções aos entraves naturais.

A Plateia: De que forma teve início a sua carreira como magistrado?

Meneghello: Antes de ingressar na magistratura, atuei na advocacia por breve espaço de tempo. Logo após, exerci a função de assessor do Ministério Público nesta Comarca de Livramento, até minha assunção como Magistrado, em 2007.

No transcurso da carreira de juiz, atuei em Tapes e Jaguari, como magistrado titular, bem como como nas Comarcas de Santiago, São Vicente do Sul, São Pedro do Sul, São Francisco de Assis e Cacequi, como juiz substituto.

A Plateia: É a primeira vez que o senhor atua em uma área de fronteira? Qual sua expectativa?

Meneghello: Já tive o prazer de residir em Livramento por cerca de quase 5 anos, deixando a cidade para tomar posse no cargo de Juiz de Direito. Na oportunidade, trabalhei como assessor jurídico do Ministério Público, operando diretamente junto à 1ª Vara Cível local. Embora as circunstâncias, hoje, sejam bem distintas, pois, junto com a cidade, também mudei, pude conhecer um pouco da cultura de paz e irmandade desta linha de fronteira, bem como, do ponto de vista econômico e social, conhecer sobre as potencialidades e carências deste município, mananciais que hoje me serão muito úteis nesta nova missão frente à comunidade santanense.

Possuo excelentes expectativas, pois muito embora pese sobre os ombros a responsabilidade de atender a uma demanda processual que se aproxima de 5.000 processos, com inúmeras audiências semanais, atendimento e fiscalização do presídio local; conforta saber, apesar do elevado volume de processos a exigir a atenção do magistrado, que o material humano da Vara Criminal é do mais elevado potencial, composto por servidores dedicados e eficientes. Creio que, com o auxílio imprescindível de Polícia Civil, Brigada Militar, Ministério Público e advogados militantes poderemos construir uma jurisdição mais célere, eficiente, segura, transparente e sensível ao seu fim maior, que é o de pacificar a sociedade.

A Plateia: Ao assumir a Vara Criminal de Livramento, quais serão suas primeiras diretrizes?

Meneghello: Como ainda me encontro em fase de levantamento da situação cartorária, bem como realizando os primeiros contatos com a Ordem dos Advogados do Brasil, Ministério Público, Defensoria Pública, Polícia Civil, Brigada Militar, quando se busca ouvir a comunidade de operadores mais próximos da Vara Criminal e buscar identificar problemas e obter soluções aos entraves naturais, ainda não tenho diretrizes bem definidas. Entretanto, diante de uma Vara Criminal com quase 5.000 processos, com atuação universal em Júri, Lei Maria da Penha e jurisdição sobre casa prisional de considerável tamanho, há que se buscar aprimorar mecanismos de gestão administrativa e judiciária, que já vinha sendo desenvolvido pelo Dr. Frederico Menegaz Conrado, com o fim de estabelecer maior celeridade aos processos, especialmente aqueles que, por sua repercussão social, demandam ainda maior atenção dos serviços judiciais, sem esquecer de garantir maior segurança às decisões judiciais, pois lidamos, em verdade, não com folhas de um simples processo, mas vidas humanas, exigindo do Juiz sensibilidade e diligência ímpar.

Pretendo desenvolver, a exemplo do que já pude realizar na comarca de onde venho, sistema de divulgação de índices de produtividade da Vara Criminal, como meio de possibilitar maior transparência da atividade judicial.

Também deve ser aprimorado o contato com órgãos policiais, porta de entrada das demandas que ingressam nesta Vara.

Há, por igual, e não obstante tudo quanto já vem sendo feito pela Administração Prisional, que se aprimorar os meios de ressocialização do apenado, através de projetos a serem desenvolvidos com a sociedade, bem como, diante do elevado volume de processos envolvendo violência doméstica e familiar, verifiquei ser necessário uma oportuna intervenção jurídica e social em tal questão, o que se buscará fazer, por óbvio, com o apoio do Município de Sant’Ana do Livramento, OAB, Ministério Público, Defensoria Pública e organismos civis.

 

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