Trabalho vai gerar informações inéditas

Trabalho de pesquisa visando melhoramento possibilitará acessar diversos dados

O projeto gerará os seguintes dados: desempenho da pastagem; desempenho animal; emissões de metano; infecções de parasitoses gastrointestinais; características da carcaça do cordeiro; qualidade da carne; resposta genética dos animais; informações para modelar análises econômicas de diferentes sistemas de alimentação de cordeiros terminados no outono.

A pesquisa dará um importante impacto na redução da sazonalidade de produção de carne de ovinos, no melhoramento da sua qualidade e na sustentabilidade ambiental. Essa diminuição de períodos promoverá avanços importantes na indústria (com a diminuição da capacidade ociosa) e no comércio, além de gerar impactos para o consumidor (com o oferecimento de carne de qualidade) e para o produtor (com o aumento do retorno econômico).

Tempo de avaliação

A avaliação será feita durante dois anos. No primeiro ano, serão analisados três tipos diferentes de gramíneas de grande importância para o Brasil e principalmente para a região Sul: grama bermuda (Cynodon spp.cv. Tifton-85); capim aruana (Panicum maximum cv. IZ-5); e braquiária brizanta (Brachiaria brizantha cv. Marandu).

- O critério que nós vamos usar é a avaliação econômica. Qual a melhor espécie forrageira em termos econômicos? Também vamos avaliar como os animais vão se comportar – explica Zélia Castilhos, responsável pelas avaliações de pastagem. Quem cuidará das avaliações durante este primeiro ano de estudos de desempenho de pastagem e do desempenho animal será a aluna de doutorado Andréia Barros de Moraes.

- Nós vamos verificar qual a melhor pastagem. A que der melhor rendimento de gordura de cobertura. E aquela que tiver melhor retorno econômico vai ser repetida na segunda fase do projeto com suplementação – salienta Andréia.

Um dos graves problemas que afetam a agropecuária é o parasitismo. Quem fará análises e pesquisas sobre o assunto é o aluno de mestrado Fernando Magalhães de Souza. “Nós estamos tentando identificar e entender como o ambiente influencia na infestação das larvas na pastagem, por isso analisamos temperatura, umidade e incidência de raios solares. Além disso, faremos exames parasitológicos nos ovinos”, explica Fernando.

Será avaliada, no segundo ano, a gramínea que tiver o melhor desempenho na análise econômica, com o uso de diferentes formas de suplementação alimentar dos animais. Os tratamentos serão:

1) Escolha da espécie de gramínea com melhor rendimento na análise econômica;

2) Suplementação a 1,5% do peso vivo com ração a base de farelo de soja e milho, balanceada conforme requerimento alimentar;

3) Suplementação a 2,5% do peso vivo com ração à base de farelo de soja e milho, balanceada conforme requerimento alimentar;

4) Oferecimento de uma área suplementar sem restrição de consumo de feijão miúdo (Vigna unguiculata).

- É um estudo muito pretensioso. Nós estamos trabalhando três espécies muito diferentes e muito importantes. Cada uma delas tem qualidades e defeitos, um lado bom e um lado ruim. Eu não conheço nenhum estudo comparativo deste tipo – salienta César Poli, responsável pelo manejo geral.

O projeto é financiado pelo CNPq, temos ajuda da Fepagro, que entrou com muitos recursos, da Ufrgs e até mesmo a Universidade de Brasília (UnB). Os investimentos pagam os materiais e as bolsas dos alunos. É um grande projeto e com um excelente custo-benefício – afirma o professor. Segundo ele, serão gerados três teses de doutorado, três dissertações de mestrado e quatro estágios curriculares de diferentes universidades brasileiras e internacionais.

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