Greve do Judiciário encerra com avaliação positiva

Apesar de não ter todas suas reivindicações atendidas, categoria volta ao trabalho satisfeita 

Depois de 20 dias, greve chega ao fim e serviços são normalizados no Foro de Livramento

Depois de 20 dias de greve, os servidores do Judiciário optaram pelo fim da paralisação. O movimento iniciou dia 27 de junho e se manteve até o dia 16 de julho. O fim da greve foi decidido pelos trabalhadores na assembleia geral realizada nesta segunda (16), em Porto Alegre.

A decisão foi tomada após a leitura do ofício expedido pelo Tribunal de Justiça do RS, informando que desistiria de fazer o corte de ponto da categoria adepta à greve e afirmava estar encaminhando projeto para novo aumento salarial, previsto para abril do próximo ano. 

Avanços importantes 

Apesar dos trabalhadores não terem todas as suas reivindicações atendidas no

conjunto, a greve foi decisiva para alguns avanços importantes. O movimento garantiu que o índice passasse dos 2,25% (em duas vezes) para 6,28%, reduzisse de três para duas parcelas o pagamento do reajuste e garantisse o não desconto dos dias parados. Também houve o compromisso do TJ, de rever a questão salarial em abril do próximo ano.

O projeto com o índice de 6,28% que serão pagos 2,2% em julho e 4,0% em outubro, será enviado para a Assembleia Legislativa ainda

Em assembleia realizada na segunda-feira (16), servidores votaram
pelo fim da greve

nesta semana.

“Foi uma vitória para nós. Voltamos a trabalhar sem o corte dos dias em que estivemos paralisados, conseguimos um aumento salarial de 6,28%. Não foi tudo o que queríamos, mas foi um avanço”, afirmam os servidores da comarca de Sant’Ana do Livramento, que retomaram suas atividades anteontem. “O Tribunal demonstrou respeito pelos servidores, além de prometer que vai analisar as demais exigências feitas por nós. Acreditamos que a greve terminou bem para todos. Imediatamente após a assembleia, o Sindjus/RS entregou no Pleno documento reafirmando as reivindicações da categoria e solicitando que seja retomado o diálogo com o Sindicato. O objetivo é continuar os debates sobre as pautas dos trabalhadores, como a data-base, jornada de sete horas, instalação de mesa paritária do PCS, aumento do auxílio-alimentação e preenchimento dos cargos vagos. Além do fim da greve, a assembleia geral deliberou por promover seminário estadual de avaliação da greve (a ser realizado na cidade de Santa Maria); promover seminários sobre o adoecimento da categoria; realização de assembleia geral em agosto ou setembro, com data a ser definida pela direção do sindicato; chamar imediatamente nova assembleia geral caso haja recuo na proposta do Tribunal de Justiça em relação aos dias parados.

 

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