Consumo de água se mantém 30% acima do normal

Evitar o disperdício é elemento fundamental na atitude os usuários.

Engana-se quem pensa que a incidência de chuva impacta no fornecimento de água potável para a população santanense. A precipitação que, na média, dependendo da localidade, superou os 40 milímetros (caso do domingo passado) gera, com o resfriamento e redução da sensação de calor, uma impressão nas pessoas: de que há mais água disponível. Isso não condiz com a realidade.

O Departamento de Água e Esgotos (Dae) confirmou ontem, pela manhã, que o consumo de água no município mantém-se em uma escala de 30% acima do normal, ao mesmo tempo em que a diretoria da autarquia confirma a realização, no médio prazo, de investimentos na construção de dois novos poços e um reservatório.

“Equivoca-se quem pensa que a chuva melhora o fornecimento de água potável. Não há reflexo direto sobre o racionamento. Pode ocorrer, com a amenização do calor, uma ligeira redução no consumo, que mantém-se, a cada verão, numa escala de crescimento. Hoje, tranquilamente, podemos dizer que o consumo por parte da população está 30% acima do que se possa considerar normal, comparativamente a outros períodos do ano. Isso significa, em volume, considerando- -se também a perda – por disperdício, etc… – 8 milhões de litros por dia, ou 8 mil metros cúbicos de água” – ressalta José Francisco Ximenes Barros, o Chico Ferrão, diretor administrativo e operacional da autarquia.

O consumo dos santanenses chega a sustentar, na atualidade, uma média de 28 milhões de litros de água por dia.

“Percebe-se o calor excessivo que vem ocorrendo, assim como também é perceptível a intensidade do sol, que queima a pele das pessoas que permanecem, em alguns horários, expostas. Justamente esse calor que faz com que o consumo aumente. Alguns dizem que muita gente está fora da cidade, em Caxias ou em Vacaria, mas não percebe que há obras sendo realizadas, bem como várias novas moradias, com instalações de água, ou seja, mais consumidores” – registra o diretor.

Dois novos poços e um reservatório serão construídos, afirma o diretor

Autarquia não faz captação de água das chuvas.

Em meio à tarefa de atender consumidores e despachar com o procurador jurídico Gilbert Gisler, Chico Ferrão ampliou a informação ratificada pelo diretor geral, João Carrets: será realizado investimento, a partir do ingresso dos recursos derivativos do reajuste da taxa de água. Um novo reservatório, com capacidade de armazenamento de 400 mil litros, será construído, em local a ser definido – provavelmente no eixo entre Wilson e Tabatinga, região onde os moradores são mais afetados pela falta de água nos períodos de verão.

O anúncio, em primeira mão, de Chico Ferrão é complementado com a informação de que dois novos poços também serão edificados pela autarquia, sedo um na região já citada e outro na área do parque da Hidráulica.

“É uma primeira resposta à comunidade, que entendeu a necessidade de aumento da tarifa, que há 11 anos não recebia um centavo sequer de reajuste real” – pondera o procurador jurídico da autarqia.

Entetanto, o papel da comunidade, conforme Ferrão, é buscar a economia através do uso adequado da água.

Entende o diretor que não há uma forma com total eficácia para controlar a utilização por parte do cidadão, sendo o principal medidor a consciência de cada um.

Nesse sentido, conforme o diretor, mais do que economizar, é comunicando, informando onde ocorrerem situações de disperdício, que os cidadãos também podem auxiliar. “Não temos condições de estar em todos os lugares, mas procuramos atender a todos quanto procuram a autarquia” – refere.

Em relação aos investimentos, Ferrão deixa claro que ainda não foi realizado o processo licitatório para a contratação da empresa que construirá o reservatório e abrirá os poços (pode ser também uma empresa para cada finalidade). “Os setores específicos já estão trabalhando nisso” – informa Gilbert Gisler.

Processo deverá ser mais ágil, agora

Chico Ferrão e Gilbert Gisler: perspectivas de investimentos

De acordo com Gisler e Ferrrão, nos municípios que decretaram situação de emergência em função da estiagem, há mais agilidade no processo burocrático. Essa é uma da variáveis com as quais ele conta para que em não mais de 15 dias após o Carnaval já seja possível aprontar todos os procedimentos adequados para a concretização do projeto, cumprindo com todos os ritos necessários. No que diz respeito ao primeiro poço, Ferrão ressalta que o processo de perfuração e apronte ocorre em quatro dias.

Na Morada da Colina, está em fase final de recuperação a caixa d’água – o reservatório, que apresentava uma série de rachaduras estava desestabilizado, fazendo com que a água, que deveria dali ser distribuída para os ramais através da tubulação, inundasse pátios.

“Estamos concluindo esse trabalho, que resolverá um problema já bem antigo na região da Morada da Colina” – confirma o diretor administrativo e operacional da autarquia.

 

 

 

Notícias Relacionadas

Os comentários são moderados. Para serem aceitos o cadastro do usuário deve estar completo. Não serão publicados textos ofensivos. A empresa jornalística não se responsabiliza pelas manifestações dos internautas.

Deixe uma resposta

Você deve estar Logando para postar um comentário.