Domingo, 05 de Fevereiro de 2012
O Movimento continua
Lideranças representando dez partidos políticos já integram o "Movimento por Livramento" para a construção de propostas
Algumas “lideranças” mais tradicionais devem estar revendo suas projeções a respeito do grupo de partidos denominado “Movimento por Livramento”, que faz oposição expressa ao atual Governo Municipal e encaminha a discussão de uma proposta ampla visando a solução de problemas estruturais da Administração de Livramento. Ao contrário do que esperavam tais “lideranças”, o Movimento avança visivelmente na formalização de sua atuação como bloco na política – e na eleição – local. A principal novidade é a adesão, já definida, do PRB, sabidamente um partido até então alinhado com a pré-candidatura de Claudio Coronel, do PMDB. Como uma das diretrizes do Movimento é a definição antes de qualquer coisa de um programa administrativo para Livramento, pode-se concluir que o PRB passa a aceitar a discussão posterior de candidaturas majoritárias. De qualquer modo, as portas não estão fechadas para PMDB e PT no Movimento, ainda que os dois partidos mantenham as indicações de Coronel e Glauber Lima, respectivamente. A princípio, deve partir das próprias agremiações a manifestação de interesse em participar do Movimento, que já reúne dez partidos.
Participação extra-partidária
Claudio Milan, um dos coordenadores do “Movimento Por Livramento”, garante que as discussões sobre as necessidades do município, em cima dos eixos estabelecidos, não ficarão restritas aos dez partidos. O Movimento já definiu as responsabilidades de cada agremiação na estrutura fisiológica interna e também criou um Conselho de Ética que ficou composto por André Pinheiro, do PSC, Marcos Pintos, do PSOL, e Francisco Rodrigues, do PHS. O próximo passo será a criação de uma espécie de “conselhão”, com lideranças setoriais e comunitárias especialmente convidadas e independentemente de convicções partidárias, que terão de ajudar na discussão dos problemas locais e alternativas de solução.
Desabafo
Uma conhecida e respeitada funcionária pública fez um verdadeiro desabafo em seu mural no facebook, na última sexta-feira:“Graças a Deus, hoje é sexta-feira! Caso não fosse, não teria ânimo suficiente para levantar e enfrentar um novo dia útil. Estou indignada, decepcionada, desmotivada. Passei o dia a me perguntar por que os homens públicos em geral vêm desrespeitando, a todo instante, a lei, a moral, a impessoalidade… princípios básicos de Administração Pública. Por que não observam a legislação, afastam a ética e a impessoalidade de seus atos ao ponto de privilegiar interesses particulares em detrimento dos públicos? Por que uns são beneficiados, enquanto outros tantos são perseguidos?”.É um trecho do desabafo. Ela não nomina ninguém, mas provoca uma boa reflexão. Detalhe: ela atua exatamente em um setor chave para o controle das ações dos gestores públicos. Por isso, especialmente, preocupa sua “indignação, decepção e desmotivação”.
Democratas fora
O presidente e pré-candidato do DEM à Prefeitura de Livramento, Cesar Maciel, disse na última sexta-feira, no programa Conversa de Fim de Tarde, da RCC FM, que o partido desistiu de esperar uma posição do Prefeito sobre os cargos que tinha na Administração por conta da coligação feita nas eleições passadas. Os cargos estão agora com o PSD. O DEM passa mesmo a fazer oposição ao Governo.
Carnaval e política
O presidente da Associação Comercial e Industrial de Livramento – ACIL, Sérgio Oliveira, e o presidente da Escola de Samba Império da Zona Sul, Dagberto Reis, estiveram reunidos por cerca de uma hora e meia na última sexta-feira. Trataram sobre carnaval, já que a ACIL está entre as entidades centenárias de Sant’Ana do Livramento que serão homenageadas no tema da entidade carnavalesca para 2012, ” Tim-tim, Tim-tim, Viúva Clicquor, teu champagne me encantou”. A secretária geral da Império, Carminha Ilha, e a Executiva da ACIL, Maira Araújo, também participaram do encontro, mas foi inevitável que, ao final, Sérgio, que preside o PP, e Dagberto, que é uma das lideranças do PT santanense, acabassem trocando opiniões sobre a política local e a sucessão municipal. Dagberto Reis defendeu como “fundamental” a presença do PP junto ao PT, “não apenas para ganhar a eleição, mas pela capacidade de governança”. O petista adiantou uma possibilidade: “O PP tem excelentes quadros com capacidade para qualificar a gestão municipal”.
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