Secretário de segurança faz avaliação positiva do primeiro encontro do GGIF

Airton Michels disse durante entrevista exclusiva que o Estado do Rio Grande do Sul é o quarto a criar este gabinete

Secretário estadual da Segurança Pública do RS, Airton Michels

Minutos após encerrar a primeira reunião do Gabinete de Gestão Integrada de Fronteira do Rio Grande do Sul, realizada no auditório da Unipampa, em Livramento, o secretário da Segurança Pública, Airton Michels, concedeu uma entrevista exclusiva ao Jornal A Plateia, onde fez uma avaliação positiva do evento.

A Plateia: Qual sua avaliação desta primeira reunião realizada em Livramento?

Michels: Foi muito boa, primeiro porque deflagramos o processo e essa era nossa necessidade. Dos 11 estados de fronteira no Brasil, o RS está entre os quatro que já publicaram decreto criando o Gabinete de Gestão Integrada de Fronteira, e hoje acabamos de concretizar este gabinete, com esta ação, a qual teve participação de todos os atores. O Prefeito Municipal; representantes de outras prefeituras; os poderes judiciários, Ministério Público e todas as Polícias estiveram representados, então foi muito alvissareiro este encontro, e agora nós vamos dar prosseguimento. Qual é este prosseguimento? Aproveitar este colegiado, tão especial, com pessoas tão qualificadas, para produzir conhecimentos e produzir sugestões, ideias de operacionalidade, de execução de ações que venham a contribuir, por exemplo, a questão do combate à criminalidade, na nossa Região de Fronteira, especialmente no que diz respeito ao tema abigeato. Logicamente, sem se descuidar dos outros temas, como tráfico de drogas e tráfico de armas Mas o que realmente é mais candente nesta região é o abigeato, e precisamos criar ações para dar um combate mais efetivo a isso, embora, diga-se de passagem, que o abigeato, nos últimos dois anos, teve um decréscimo, mas ainda não o suficiente para que se mantenha uma postura de inércia sobre este tema.

A Plateia: Com a criação deste gabinete, as áreas de Fronteira poderão, realmente, receber um recurso bem maior do que vinha recebendo, para ser aplicado na segurança pública?

Michels: Um dos motes, digamos assim, uma das oportunidades que nós temos que aproveitar é a criação deste gabinete de gestão integrado, a partir da orientação do Governo Federal. A partir de junho de 2012, deve abrir ações e projetos, possibilidade para que os municípios possam apresentar suas necessidades de Segurança Pública, como monitoramento, outras eventuais ações que os municípios entendam em criar e apresentar. Então, devemos aproveitar isso, para ter mais um fórum ou mais uma possibilidade, mais um condutor de recursos para aperfeiçoarmos a Segurança no Estado. Nós já temos vários, temos o próprio estado do RS, a Secretaria de Segurança – que sempre vai estabelecer parceria com os municípios -; temos as ações do Ministério da Justiça e mais uma específica, para que se possa aproveitar esta instituição e fomentar o incentivo de mais recursos para as Fronteiras do Estado.

A Plateia: Os anúncios de implantação de monitoramento por câmeras e a criação de núcleos integrados de Inteligência, podem ocorrer em curto prazo?

Michels: Sim. Quanto às câmeras, isso é um tema que alguns municípios já estão desenvolvendo, inclusive a partir daquelas ações do Ministério da Justiça – Pronasci, quando o então ministro e hoje governador, Tarso Genro, implantou. Agora, as ações e recursos para o Brasil inteiro, de R$ 400 milhões, a partir do ano que vem até 2014, serão abertas a partir de junho. Sobre os núcleos de inteligência, é importante dizer que nós já recebemos, em novembro, recursos na ordem de R$ 3,5 milhões. Mas para a Polícia Civil, a Polícia Militar e para o IGP, fonte desta estratégia nacional de Fronteiras, R$ 1,2 milhão, aproximadamente, são específicos para estabelecer núcleos de inteligências da Polícia Civil nos municípios de Fronteira, onde os projetos já foram encaminhados e os recursos deverão chegar a partir do ano que vem.

A Plateia: Os chamados Ciosps- Centro Integrado de Operações de Segurança vão funcionar como o planejado?

Michels: Aí nós temos uma situação interessante, positivamente. Nós temos Ciosps que realmente acabaram não evoluindo, mas agora o que nós temos? Temos esta oportunidade da Copa do Mundo. Então, na semana passada, nós tivemos uma reunião em Brasília, onde foi criada pelo Ministério da Justiça, uma Secretaria Especial de Grandes Eventos, onde o projeto nuclear para financiar os Estados é exatamente estabelecer uma Central de Comunicações para cada Estado – eles exigem alguns requisitos, que estamos cumprindo e cumpriremos – aí nós poderemos aperfeiçoar o nosso sistema de informações.

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